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Coreografia tem referências diversas
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Para criar "Trama", Rui Moreira valeu-se de referências diversas. "Como fios têxteis, as sequências coreográficas organizam-se e
desorganizam-se, para estimular
um jogo de construção e desconstrução de movimentos."
Segundo Moreira, o tema também se abre para as tramas que
compõem a cultura popular.
"Nos meios acadêmicos, existe
um certo pudor em lidar com a
aparente simplicidade das manifestações populares, em parte por
causa do risco de incorrer no folclórico. Mas acho que vale a pena
apostar nesse manancial que me
deixa livre para descobrir meu
próprio rumo, sem ter de importar o que está em voga fora do
Brasil."
Às músicas de Lenine, Marcos
Suzano e Mestre Ambrósio, Moreira somou a coletânea sobre
música brasileira, compilada pelo
antropólogo Hermano Vianna.
"Observando os folguedos brasileiros e seus personagens místicos, descobrimos danças que tecem uma complexa trama de simplicidade e também revelam o caminho transcendental e contagiante da alegria neste país."
Com cenário do artista plástico
capixaba Hilal Sami Hilal e figurinos do pernambucano Eduardo
Ferreira, "Trama" é dançado pelos 16 bailarinos do Cisne Negro,
que, no mesmo programa, interpretam "Danses Concertantes",
de Mark Baldwin, e "Fruto da Terra", de Itzik Galili.
(AFP)
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