São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2008

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no ritmo

Para eles, o que importa é fazer dançar

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre 2004 e 2006, o remix que a dupla francesa Justice fez para a música "Never Be Alone", do inglês Simian, foi uma das músicas mais tocadas nas pistas do planeta. Alguém ainda agüenta ouvir essa faixa? Só se for na versão absurda de Sany Pitbull.
Tem o DJ Edgar, que coloca uma base rítmica desconcertante por cima da não menos batida "Sweet Dreams", do Eurythmics
E o Sandrinho, que faz "Respect", da Aretha Franklin, e "Whoop There It Is", do Tag Team (que inspirou o "Uh! Tererê" cantado pela torcida do Flamengo), explodirem em batidas graves.
No mundo da dance music tradicional (tecno, electro, house, electro-house etc.), que privilegia sempre o novo, esse monte de hits não cairia bem.
Mas no funk carioca (ou no pós-baile funk) ninguém se preocupa com novidades -o que importa é fazer o povo dançar. E "fazer o povo dançar" não significa só tocar o que o povo quer -o que DJs como Sany Pitbull, Edgar ou Sandrinho fazem é tocar o que o povo quer de uma maneira que o povo não espera.
Talvez desagrade aos puristas... E daí?


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