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no ritmo
Para eles, o que importa é fazer dançar
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Entre 2004 e 2006,
o remix que a dupla francesa Justice fez para a música "Never Be Alone", do inglês Simian, foi uma das músicas
mais tocadas nas pistas do
planeta. Alguém ainda
agüenta ouvir essa faixa?
Só se for na versão absurda
de Sany Pitbull.
Tem o DJ Edgar, que coloca uma base rítmica desconcertante por cima da
não menos batida "Sweet
Dreams", do Eurythmics
E o Sandrinho, que faz
"Respect", da Aretha
Franklin, e "Whoop There
It Is", do Tag Team (que
inspirou o "Uh! Tererê"
cantado pela torcida do
Flamengo), explodirem
em batidas graves.
No mundo da dance music tradicional (tecno,
electro, house, electro-house etc.), que privilegia
sempre o novo, esse monte de hits não cairia bem.
Mas no funk carioca (ou
no pós-baile funk) ninguém se preocupa com novidades -o que importa é
fazer o povo dançar. E "fazer o povo dançar" não significa só tocar o que o povo
quer -o que DJs como
Sany Pitbull, Edgar ou
Sandrinho fazem é tocar o
que o povo quer de uma
maneira que o povo não
espera.
Talvez desagrade aos
puristas... E daí?
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