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FILME
"Mostra Internacional", na TV, traz Alexandr Sokunov, Olivier Assayas e Takeshi Kitano, entre outros
Série exibe inéditos do cinema jovem
da Redação
A partir de hoje, a sessão Mostra
Internacional de Cinema, na TV
Cultura, traz uma nova série de 14
filmes -13 inéditos em cinema.
É pegar do jeito que vem. A mostra só detém os direitos de exibição desses filmes em TV e é improvável que cheguem às salas de exibição.
Boa parte deles anuncia muito
do que haverá de melhor em várias
cinematografias, nos próximos
anos.
Programação
Para hoje, 22h30, está programado "Mãe e Filho", do russo Alexandr Sokurov, tido como o sucessor de Andrei Tarkovski, em
que se narram os últimos momentos da vida de uma mulher, em
companhia de seu filho.
Se existe a influência de Tarkovski, sua originalidade foi acentuada pela escritora francesa Anne-Marie Garat, para quem esse
filme de 1997 é "um objeto incomparável".
A estrela da companhia, no entanto, é Takeshi Kitano, o diretor
dos filmes "Hana-Bi" e "Sonatine". Kitano, hoje o grande nome
jovem do cinema japonês, comparece com os límpidos "De Volta às
Aulas" (1996) e "Cenas de Praia"
(1991).
Menos reconhecido internacionalmente, o francês Olivier Assayas terá exibido o instigante "Irma
Vep", história de um diretor de cinema contratado para refilmar
"Os Vampiros", série clássica de
Louis Feuillade (de 1915), e decide
refazê-la conforme o original
-sem som nenhum.
Única mudança: sua Irma Vep
será uma atriz chinesa de filmes de
kung-fu.
Documentário
A série tem ainda lugar para os
documentários "O Bom Povo Português", de Ruy Simões (1980)
-ganhador da 4ª Mostra de São
Paulo, sobre a Revolução dos Cravos, em Portugal -e "Bosna", em
que Bernard-Henry Lévy e Alain
Ferrari discutem a posição da Europa face ao conflito na ex-Iugoslávia.
Serão exibidos ainda, entre outros, os tchecos "Marian", de Petr
Václav, e "Fausto", de Jan Svankmanjer.
Do cinema chinês, "China, Minha Dor", de Dai Sijie, sobre a Revolução Cultural.
Entre os franceses, destaque ainda para dois filmes de mulheres:
"Ter (ou Não)", de Laetitia Masson, e "O Pequeno Príncipe Disse", de Christine Pascal.
(INÁCIO ARAUJO)
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