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Filmes políticos abrem competição
DA ENVIADA A CANNES
Se a megaprodução norte-americana "O Código Da Vinci" abriu
ontem (fora de concurso) o Festival de Cannes, o inglês Ken Loach
inaugura hoje a competição pela
59ª Palma de Ouro, com "The
Wind that Shakes the Barley" (O
Vento Leva). Assim como fez em
"Terra e Liberdade" (1995), sobre
a Guerra Civil Espanhola, Loach
promete rever a história através
de uma lente microscópica, ao
olhar não o contexto geral, mas
suas camadas internas.
O ponto de partida desta vez é a
Guerra Civil Irlandesa, desencadeada em 1920, e a cisão dos nacionalistas, em 1921, à raiz de um
acordo firmado com os britânicos
que selou a divisão entre as duas
Irlandas, ao norte e ao sul.
Loach trata do assunto encaixando-o na trajetória pessoal, nos
dilemas e nas decisões divergentes de dois jovens irmãos combatentes, interpretados por Cillian
Murphy e Padraic Delaney.
Roteiro secreto
Como de hábito, o diretor não
revelou o roteiro aos atores e filmou em ordem cronológica.
Murphy, estrela em ascensão,
contou ao diário francês "Libération" que só foi aprovado no papel depois de seis testes.
Estréia também hoje na disputa
pela Palma "Summer Palace", de
Lou Ye, único candidato chinês
da competição, que tem ao todo
vinte títulos e cujo vencedor será
conhecido no próximo dia 27.
"Summer Palace" enrosca o
amor turbulento de um casal de
estudantes com as manifestações
pró-democracia em Pequim, em
1989. Dia de política em alta.
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