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Pequenas já sofrem com nova era
DA REPORTAGEM LOCAL
Os problemas com os custos da
era digital já começaram. A TV
Itabira (interior de Minas Gerais),
por exemplo, deixou de retransmitir a TV Cultura de São Paulo
desde abril, quando a emissora
passou a enviar, via satélite, sua
programação digitalizada.
As emissoras estaduais que retransmitem a TV Cultura, segundo Jorge da Cunha Lima, receberam um decodificador da emissora para captar o sinal digital e enviá-lo de maneira analógica ao telespectador. As retransmissoras
municipais, no entanto, tiveram
de comprar o equipamento, que
custa entre R$ 1.500 e R$ 6.000.
"Para comprar o decodificador,
tivemos de solicitar verba à prefeitura. O aparelho deve chegar nas
próximas semanas", afirmou Reginaldo Santos, supervisor técnico da TV Itabira.
Quando a TV digital for implementada no país, as pequenas retransmissoras terão de comprar
uma antena de transmissão digital, que custará em torno de R$
100 mil. As que quiserem produzir programação própria também
terão de investir em equipamentos de estúdio, como câmeras e
ilhas de edição digitais.
As pequenas retransmissoras
comerciais também se preocupam com os custos da TV digital.
Com 16 funcionários, a TV Vera,
que fica na cidade de Vera (interior do Mato Grosso), retransmissora da Record, tem um faturamento mensal que oscila de R$
8.000 e R$ 12.000.
"Não sei como a gente vai resistir a essa transição. A emissora
não tem como comprar uma antena digital. O jeito será fazer uma
vaquinha entre os quatro sócios
ou procurar um financiamento",
afirma Vanir César Dalmolin, um
dos proprietários da TV Vera.
As retransmissoras e afiliadas
da Globo são as mais preparadas.
Sua mais recente afiliada, a TV
Diário, de Mogi da Cruzes (SP),
possuem estúdios digitais modernos que custaram R$ 2,5 milhões.
Outras redes também já pesquisam as condições técnicas das afiliadas e retransmissoras.
(LM)
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