São Paulo, quinta-feira, 18 de junho de 2009

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Série traz detector humano de mentiras

Tim Roth revela falsidades observando expressões corporais em "Lie to Me"

Fox marca a estreia no Brasil para setembro, enquanto 2ª temporada entra em cartaz nos EUA; casos espelham reações de famosos reais


LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

A mentira tem perna curta. Principalmente se no caminho dela estiver Cal Lightman (Tim Roth, em fantástica atuação). Em "Lie to Me", ele é um estudioso de expressões corporais, contratado pelo FBI, por milionários e até por políticos para denunciar mentiras.
Segundo ele, cada pessoa mente três vezes durante uma conversa de dez minutos. Ele é o "polígrafo humano", que vai estudar suas emoções e detectar quando a mentira aparece ou alguma coisa está sendo escondida. "A verdade está escrita em nossos rostos", diz ele, que não presta a menor atenção no que seus investigados dizem, mas sim em seus gestos enquanto dão os depoimentos.
Os 53 músculos da face em movimento resultam em 10 mil expressões, que são destrinchadas e comparadas com situações reais vividas por famosos como Bill Clinton, no caso Monica Lewinsky, ou O.J. Simpson, durante seu julgamento pelo assassinato da ex-mulher.
O dr. Lightman é um radical. Não suporta a mentira. Dos outros, obviamente, por ele é um mentiroso contumaz. Imagine a situação dele como um divorciado pai de uma adolescente de 15 anos. Nada fácil.
Mais complicado ainda é saber que a mulher de quem ele gosta está sendo enganada pelo marido. Se a verdade machuca mais, ele deve fazê-la vir à tona? Pelo menos quando essa questão surge no campo profissional, ele tem uma resposta: "Nunca deixe os fatos escaparem junto com a verdade". Se a verdade não aparece, ele não vê problemas em inventar uma realidade melhor.
Com 13 episódios, ocupou o lugar deixado por "24 Horas", mas foi bem e já tem uma segunda temporada agendada. Nos EUA, "Lie to Me" volta ao ar no dia 28 de setembro, logo após "House" (sexta temporada). Esperamos que as pernas da mentira continuem curtas, mas tenham vida longa. Com os 6,5 bilhões de pessoas no mundo, não vai faltar assunto.


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