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Travolta diz que papéis melhoram com a idade
Aos 56 anos, ator afirma que "a época mais difícil é dos 20 aos 30"
Ele diz que Tarantino o devolveu aos "filmes sérios" e conta que Mulher Gato inspirou dança de "Pulp Fiction"
DENISE MENCHEN
DO RIO
Aos 56 anos e à espera do
terceiro filho, o ator John Travolta acha que está envelhecendo "tão bem quanto poderia esperar".
Em visita ao Rio de Janeiro
para lançar um relógio de luxo da marca Breitling, da
qual é garoto-propaganda há
cinco anos, ele afirmou que
pretende "tirar uma folga"
do cinema até janeiro, mas
disse considerar boas as
oportunidades para atores
na sua faixa etária.
"A época mais difícil é dos
20 aos 30. Dos 30 aos 60 fica
melhor, porque os papéis são
mais maduros", afirmou o
ator em entrevista de dez minutos à Folha, concedida anteontem, após coletiva de imprensa no hotel Fasano.
"Papéis como os de "Os
Embalos de Sábado à Noite" e
"Grease" são raros. Foi difícil
encontrar bons personagens
depois. Quando fiquei mais
velho, eles melhoraram."
PAPÉIS SÉRIOS
Para ele, foi Quentin Tarantino que o trouxe de volta
ao "patamar dos filmes que
são indicados ao Oscar".
"Eu filmei muitos sucessos
antes, mas foi "Pulp Fiction"
que me colocou de volta no
universo dos filmes que são
levados a sério", afirmou ele,
que foi indicado ao prêmio
de melhor ator duas vezes.
Ele contou ter sido dele
parte da ideia de uma das cenas mais famosas do filme de
Tarantino, na qual passa os
dedos em "V" sobre os olhos
enquanto dança com a atriz
Uma Thurman.
"Quando eu tinha uns 12
ou 13 anos, o seriado do Batman era muito famoso, e a
Mulher Gato fazia aquilo na
TV. Eu achei que talvez o personagem tivesse crescido
vendo Batman e que seria algo que ele faria."
PAIXÕES E FAMÍLIA
Travolta disse que foi sua a
iniciativa de voltar ao Brasil,
que já tinha visitado quatro
vezes nas décadas de 70 e 80.
"Queria que a minha família conhecesse esse lindo
país", afirmou ele, que viajou
com a mulher, Kelly Preston,
47, e a filha, Ella, 10. O primogênito do casal morreu em
2009, aos 16. Jett era autista e
teve uma convulsão.
O ator veio ao Rio pilotando seu próprio Boeing 707.
"Quando eu tinha cinco
anos, morava perto do aeroporto de Nova York, e via
aqueles aviões sobrevoando
minha casa. Eu me apaixonei
por aquela imagem. Aos 16
anos, tive minhas primeiras
aulas de voo."
Uma consequência inesperada dessa paixão é que,
mesmo sendo americano, ele
torce pela seleção australiana nos jogos da Copa do
Mundo. "É simples. Eu sou
embaixador da [companhia
aérea australiana] Qantas,
que patrocina a seleção australiana", explica. "Se trabalhasse para a Varig, poderia
torcer para o Brasil."
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