São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 2006

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Crítica

Denzel eclipsa estofo político em "Hurricane"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Cada filme político que a TV exibe representa a ocasião de perguntar qual a real eficácia desse tipo de cinema.
Ou, no caso de hoje, no que pode nos interessar "Hurricane - O Furacão" (HBO, 21h). O filme trata da vida de um promissor lutador de boxe negro cuja carreira se encerra quando é acusado de um crime e levado à prisão, onde passa anos a fio.
Esse tipo de coisa, como se sabe, não acontece a qualquer um. Acontece a pessoas de cor. Negros. A acusação é uma injustiça, e, até onde me lembro, o fato de ele ser um lutador de talento não é inteiramente estranho a isso.
Evidentemente, parece que esse tipo de argumento é algo que detém uma audiência cativa. E Norman Jewison, o diretor do filme, é um especialista em assuntos desse tipo.
Fala-se de injustiças aos anti-racistas. Ou seja: pleiteia-se junto a uma platéia já ganha. Fatura-se com isso. Os negros, por seu lado, continuam sofrendo injustiças. E, na lembrança do filme, resta o melhor: Denzel Washington.


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