São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 2006

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CDs

Jazz
Blue
    
DIANA ROSS
Gravadora:
Motown/Universal; Quanto: R$ 27
Em 1972, Diana Ross já havia abandonado sua vida como cantora do conjunto Supremes e começava sua carreira solo.
Ousada, se lançou numa aventura com grandes possibilidades de lhe render pedradas: interpretar (e cantar) a intensa Billie Holiday no filme "Lady Sings the Blues". O resultado foi indicação ao Oscar e uma trilha sonora antológica. Rendeu até um segundo disco, "Blue", continuando a incorporação de canções do repertório de Billie e os ambientes jazzísticos para sua voz. Mas o disco acabou engavetado e permaneceu inédito por 34 anos, até ser descoberto e relançado neste ano, com o merecido status de clássico perdido.
POR QUE OUVIR: Além de ser um excelente disco de verve jazzística, é uma oportunidade de ouvir Ross interpretando canções como "Love Is Here to Stay" e "Let's Do It". (RE)

Rock
Bang Bang Rock & Roll
    
ART BRUT
Gravadora:
EMI; Quanto: R$ 29,90
"Nós formamos uma banda. Olhe para nós/...E, sim, essa é minha voz cantando. Isso não é ironia/ não é rock'n'roll/ só estou falando para a molecada", "fala" e grita o vocalista do quinteto Art Brut, Eddie Argos, na autobiográfica "Formed a Band". Mas ele não é mero falastrão que conta lorotas. Da nova e esperta geração inglesa, o grupo tem tudo o que você precisa em uma verdadeira banda de rock: muito barulho (poderosos manifestos sonoros), ironia, atitude sem noção e quase ingênua, além da voz das ruas. Honrando a melhor tradição britânica de contadores de causos, como Jarvis Cocker e Mark. E. Smith, Argos versa sobre o pop, amores frustrados e idas a museus (afinal, estamos falando de arte em estado bruto).
POR QUE OUVIR: "My Little Brother" é uma das melhores crônicas já feitas sobre os efeitos do rock em um jovem ouvido. (BRUNO YUTAKA SAITO)

Samba
Bruno Castro
   
BRUNO CASTRO
Gravadora:
independente (www.brunocastro.com.br); Quanto: R$ 22
Parceiro, cavaquinista, Bruno Castro, 33, dá uma amostra de suas qualidades. Rende boas homenagens ao samba em "Na Própria Palma" -já gravada por Dona Ivone Lara- e "Apito de Ouro", dedicada a Mestre Fuleiro, do Império Serrano. Faz crônicas divertidas em "Eu Não Sou Leão" e "Breque Barra Alerta". Canta bem a Lapa carioca em "Esquina do Meu Coração". Apresenta suas credenciais românticas em "Dizer Não pro Adeus" (parceria com Dona Ivone e Luiz Carlos da Vila) e "Razão e Nostalgia". As incursões ao xote e ao frevo nas duas faixas finais enfraquecem o CD.
POR QUE OUVIR: para conhecer um melodista e letrista que tem talento nítido e potencial para se tornar melhor. (LFV)

Rock
Prot(o)
  
PROT(O)
Gravadora:
Monstro Discos; Quanto: R$ 15
De Brasília partiram bandas que ajudaram a definir o pop nacional dos anos 80 (Legião Urbana) e 90 (Raimundos). Com menos pretensões e sem concessões artísticas, o Prot(o), banda criada em 1999, vai construindo uma das mais interessantes carreiras locais, com seu rock que em vários momentos tende para uma rigidez épica. Neste segundo e às vezes hermético disco, o grupo busca referências em imagens psicodélicas (em letras como "peixes vagam na imensidão/uma rede há de prendê-los", em "O que É que Há"), e encontra o progressivo ou o hard rock de grupos como Golpe de Estado.
POR QUE OUVIR: mesmo que a opção estética do Prot(o) soe um tanto sem foco em certos momentos, trata-se de uma banda que evoluiu nas escolhas de produção; preste atenção no instrumental do grupo: é aí que reside sua força maior. (BYS)


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