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Crítica
"O Quarteto Fantástico" tem heróis demais
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Um filme que o Telecine Premium promove com insistência neste mês, "O Quarteto Fantástico" (hoje, 23h50),
corresponde bem ao investimento que a indústria faz
atualmente na adaptação de
histórias em quadrinhos.
São super-heróis infantis e
infantilizantes, os que ocupam
a tela: Homem-Elástico, Tocha
Humana, O Coisa... fala sério! A
desenvoltura que ganharam os
efeitos especiais nas últimas
décadas permite que a imaginação passe do papel ao cinema, dos quadrinhos fixos ao
movimento contínuo.
Não é impossível fazer bons
filmes que atendam às crianças,
aos adolescentes, aos velhos, a
quem seja, tomando por base as
histórias dos super-heróis.
Mas, quando se tem tantos personagens em cena como no
"Quarteto", as coisas tendem à
dispersão.
Mesmo o efeito de deslumbramento que os efeitos podem
proporcionar acaba por nos enfastiar. E, afinal, também os
efeitos podem amadurecer:
quando "A Inglesa e o Duque"
passará em TV?
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