São Paulo, sábado, 18 de setembro de 2010

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Artista plástico é tema de retrospectiva na Noruega

DO ENVIADO A OSLO

Pela primeira vez, Ernesto Neto exibe uma série de trabalhos já produzidos, em vez de criar uma nova instalação para o museu, como ocorre no MAM-SP, a partir de hoje.
Inaugurada no último dia 7 de setembro, no Museu Astrup Fearnley, em Oslo (Noruega), "Intimacy" [intimidade] apresenta 15 obras, que traçam um percurso das distintas vertentes da carreira do artista plástico nos últimos dez anos.
"É a primeira vez que apresentamos um brasileiro em nosso museu e ele é o único que está em nossa coleção; creio que ele inventou uma nova linguagem, que se utiliza de materiais orgânicos", diz o curador da mostra e diretor do Astrup Fearnley, Gunnar Kvaran, que no próximo ano traz parte da coleção do museu para a exposição comemorativa dos 60 anos da Bienal de São Paulo.
Segundo Kvaran, Neto também foi escolhido porque representa um tipo de produção na arte contemporânea que ele denomina de "novos modernistas".
"Artistas como o Neto e o Olafur Eliasson estão revisitando o projeto moderno, com suas propostas utópicas, mas com o uso de novos materiais. Enquanto Olafur trabalha com a luz, Neto usa os cheiros", diz ele.
A retrospectiva coloca em cheque a afirmação de que Neto seria artista de um só trabalho.
"A ideia dessa exposição foi mostrar a complexidade e diversidade da obra dele. Há trabalhos que lidam com arquitetura, outros construídos com especiarias, obras de parede, outras no chão. Nos últimos dez anos ele passou por uma explosão criativa e aqui se percebe todo seu desenvolvimento", diz Kvaran. (FCY)

O jornalista FABIO CYPRIANO viajou a convite do Museu Astrup Fearnley



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