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Artista plástico é tema de retrospectiva na Noruega
DO ENVIADO A OSLO
Pela primeira vez, Ernesto
Neto exibe uma série de trabalhos já produzidos, em vez
de criar uma nova instalação
para o museu, como ocorre
no MAM-SP, a partir de hoje.
Inaugurada no último dia
7 de setembro, no Museu Astrup Fearnley, em Oslo (Noruega), "Intimacy" [intimidade] apresenta 15 obras,
que traçam um percurso das
distintas vertentes da carreira do artista plástico nos últimos dez anos.
"É a primeira vez que apresentamos um brasileiro em
nosso museu e ele é o único
que está em nossa coleção;
creio que ele inventou uma
nova linguagem, que se utiliza de materiais orgânicos",
diz o curador da mostra e diretor do Astrup Fearnley,
Gunnar Kvaran, que no próximo ano traz parte da coleção do museu para a exposição comemorativa dos 60
anos da Bienal de São Paulo.
Segundo Kvaran, Neto
também foi escolhido porque
representa um tipo de produção na arte contemporânea
que ele denomina de "novos
modernistas".
"Artistas como o Neto e o
Olafur Eliasson estão revisitando o projeto moderno,
com suas propostas utópicas, mas com o uso de novos
materiais. Enquanto Olafur
trabalha com a luz, Neto usa
os cheiros", diz ele.
A retrospectiva coloca em
cheque a afirmação de que
Neto seria artista de um só
trabalho.
"A ideia dessa exposição
foi mostrar a complexidade e
diversidade da obra dele. Há
trabalhos que lidam com arquitetura, outros construídos
com especiarias, obras de parede, outras no chão. Nos últimos dez anos ele passou
por uma explosão criativa e
aqui se percebe todo seu desenvolvimento", diz Kvaran.
(FCY)
O jornalista FABIO CYPRIANO viajou a
convite do Museu Astrup Fearnley
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