São Paulo, domingo, 18 de setembro de 2011

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Próximo domingo terá obra-prima de Resnais

'Hiroshima, Mon Amour' é o 8º título da Coleção Folha Cine Europeu

No filme, casal de amantes se encontra na cidade japonesa 14 anos após os EUA lançarem a bomba atômica

DE SÃO PAULO

Obra-prima do francês Alain Resnais, "Hiroshima, Mon Amour" chega às bancas no próximo domingo, dia 25 de setembro, pela Coleção Folha Cine Europeu.
A produção do cineasta, assim como imagens e informações mais detalhadas sobre o filme, estão no livro que acompanha o volume.
Quando rodou o longa, em 1959, Resnais já havia realizado alguns trabalhos que ficariam inscritos na história do cinema, como os documentários "Van Gogh" (1948) e o forte "Noite e Neblina" (1955), que discute a memória do Holocausto.
Em "Hiroshima, Mon Amour", o diretor prossegue com a discussão sobre a memória. O filme fala de um casal de amantes que se encontra em Hiroshima 14 anos depois de os Estados Unidos lançarem a bomba atômica na cidade, em agosto de 1945.
Além da história efêmera que eles constroem ali, em poucos dias, outras acompanham o par: o passado e suas marcas no presente.
Ele (Eiko Okada), um arquiteto japonês, viveu com especial e doída intimidade o assombro da explosão nuclear. Ela (Emmanuelle Riva), uma atriz francesa que está ali para participar de um filme pacifista, sofreu, por sua vez, a perda do amor também na guerra, quando se apaixonou por um alemão.
São marcas como as deixadas pela bomba, como mostra a impressionante abertura do filme, que usa registros documentais e ficcionais.
"Hiroshima, Mon Amour" trabalha em registros variados: vozes dos personagens atravessando espaços e tempos distintos e deslocando-se da cena, tempos narrativos conjugando-se livremente.
A atenção aos espaços é muito forte aqui, assim como nas obras-primas "O Ano Passado em Marienbad" (1961) e "Muriel (1963). Resnais, ao longo de sua obra, mostraria o homem agindo no mundo, sempre marcado pelas suas ações e sua história.


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