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RUÍDO
Warner afirma que destruiu 600 mil discos
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Assumindo política contrária à manutenção de
pontas-de-estoque, a gravadora
Warner afirma que, no início do
ano, destruiu 600 mil discos
"encalhados" em seu estoque.
O diretor comercial da Warner, Edson Novais, defende que
a prática da ponta-de-estoque
prejudica o artista -um CD novo do cantor popular Daniel,
por exemplo, competiria por
mercado com títulos antigos dele próprio, que nas pontas-de-estoque podem ser vendidos
por até R$ 4. "Não é questão de
jogar no lixo. Não cabe um CD
ser vendido a R$ 1,90. Quando
sobra, a gente quebra. E, ao quebrar discos, recuperamos imposto", justifica-se Novais.
Lojistas reagem à política.
"Não tem lógica isso. Na banca
do camelô, colaborando com a
criminalidade, a imagem do artista está preservada?", questiona o lojista independente de São
Paulo André Fiori, para quem é
"mesquinha" a política de que é
melhor jogar mercadoria (arte?)
fora que barateá-la.
O NÃO-LANÇAMENTO
Um dos segmentos que a
EMI deixou de fora da coleção "Odeon 100 Anos" foi o
da música puramente pop/
comercial. Aí se incluiria,
por exemplo, o tecnopop de
"Muito Estranho" (82), primeiro álbum do razoável
cantor e exímio compositor
popular Dalto. Em 82, o Brasil cantava "Muito Estranho
(Cuida Bem de Mim)" e
"Flashback". Hoje, nada.
NÃO-LANÇAMENTOS?
Vários dos títulos da coleção
"Odeon 100 Anos", recém-lançada pela EMI, já motivam
reclamações de consumidores:
ou não são encontráveis nas
lojas ou constam como
esgotados em sites de compras.
A EMI, que diz ter prensado
tiragens de 1.000 a 2.000 cópias
de cada um dos 45 volumes,
afirma que já providencia as
reposições. A gravadora
confessa-se surpresa com a
procura, mas não faz planos de
vender a coleção no exterior,
onde samba-jazz e samba-soul
têm boa rotatividade.
RE-REFESTANÇA
Abrem-se as conversações
para que Gilberto Gil e Rita Lee
reeditem, possivelmente no
próximo ano, o projeto
"Refestança", que os uniu em
shows e disco ao vivo em 1977.
GIL NUMERADO
E a caixa com 28 CDs de Gil
na Warner, que sai no início de
novembro e trará quatro
discos inéditos, terá tiragem
limitada, de 2.000 exemplares.
Numerados, de 1 a 2.000.
DJALMA ELETRÔNICO
Mundialmente reconhecido,
o percussionista brasileiro
Djalma Corrêa une-se nesta
segunda (21) no Moai Lounge
(r. João Passalacqua, 80), à nata
experimental européia do duo
Flanger e do baterista Jaki
Leibezeit (do histórico grupo
alemão Can). Uau.
E-mail:
psanches@folhasp.com.br
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