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Crítica/"Superbad - É Hoje"
Comédia adolescente tem seqüências hilárias, sem nunca perde a ternura
PEDRO BUTCHER
CRÍTICO DA FOLHA
SETH ROGEN e Evan
Goldberg começaram a
escrever o roteiro de
"Superbad - É Hoje" aos 13
anos. Mais adiante, Rogen sentiu o gostinho do fracasso ao lado de Judd Apatow e Greg Mottola, quando trabalharam na
série "Undeclared" (2001).
Quatro anos depois chega a hora da virada: "O Virgem de 40
Anos" (que traz Rogen em um
dos papéis principais) torna-se
um sucesso inesperado e alavanca a carreira de Apatow como diretor e produtor. Neste
ano, "Ligeiramente Grávidos",
estrelado por Rogen, amplia o
sucesso do "Virgem" e confirma Apatow como craque da nova comédia americana. Em
"Superbad", todos dividem os
créditos (o filme é co-escrito
por Rogen, dirigido por Mottola e produzido por Apatow).
Seth (Jonah Hill) e Evan (Michael Cera) -não por acaso o
nome dos roteiristas- se juntam ao ainda mais nerd Fogell
(Chritopher Mintz-Plasse) para formar o mais vigoroso trio
dos filmes de adolescente recentes. Estamos longe, portanto, de um "American Pie". A
grosseria transborda, mas o
tom é diferente, bem mais honesto. "Superbad" prefere seguir as veias abertas pelo cinema dos irmãos Farrelly ("Quem
Vai Ficar Com Mary?"), ainda
mais orgânico e hilário.
Mesmo longe da direção, é fácil reconhecer a assinatura de
Apatow como produtor. "Superbad" é uma espécie de "Depois de Horas" jovem. Tudo se
desenrola como uma hilária
viagem infernal de uma noite,
às vezes em um bizarro tom de
pesadelo expressionista. A utilização brilhante das mais
manjadas técnicas da comédia
americana garante seqüências
hilárias, mas que nunca dispensam uma forte dose de ternura.
O que faz toda a diferença.
SUPERBAD, É HOJE
Direção: Greg Mottola
Produção: EUA, 2007
Com: Jonah Hill, Michael Cera e
Chritopher Mintz-Plasse
Quando: estréia amanhã nos cines
Kinoplex Itaim, Pátio Higienópolis e
circuito
Avaliação: bom
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