São Paulo, domingo, 18 de outubro de 2009

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Crítica

Ideias de "Batman Begins" são facilmente esquecíveis

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Batman Begins" (TNT, 22h, 12 anos) não é só um título, é quase um programa de vida. Trata-se de apagar o Batman anterior, de Tim Burton, a que outros cineastas mal e mal deram sequência.
Esse Batman de Burton era politizado e se batia contra fantasmas verdadeiros. A Mulher-Gato expressava dores e mal-entendidos das relações homem-mulher. O Pinguim representava a tomada do poder por políticos corruptos.
Mas agora Batman "begins". Começa. Nunca traduzido para o português. Estamos na língua universal do cinema. E Bruce Wayne deve voltar ao princípio, à morte dos pais, à vida no exterior etc. O Batman que começa corresponde bem ao programa estético de Christopher Nolan, seu diretor, em "Amnésia": criar filmes com ideias para durar na memória por dez segundos, ou dez minutos, ou dez dias. Muito mais, não.


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