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Balthus morre na Suíça aos 92 anos
CLAUDIA ASSEF
DE PARIS
O pintor francês Balthus morreu ontem em seu chalé, nos Alpes suíços, a dez dias de completar 93 anos. O artista plástico foi
um dos únicos artistas a ganhar
uma exposição no museu do Louvre em vida.
Com a saúde debilitada por vários meses, Balthus havia deixado
uma clínica particular na cidade
de Rossinière no sábado à noite.
Ele se mudou definitivamente
para a Suíça em 1977, com sua segunda mulher, Setsuko Ideta,
com quem havia se casado dez
anos antes.
Nascido em 1908, em Paris, Balthasar Klossowski de Rola manteve-se entre os pintores realistas
mais respeitados da França durante sua carreira, que começou
nos anos 30.
Autodidata, distante de modismos e avesso a entrevistas, ele ainda assim era tido como um artista
marginal.
Sua data de nascimento, 29 de
fevereiro de 1908, um ano bissexto, serviu como pretexto para a
orientação de sua obra, considerada desligada do tempo real e
sem nenhuma relação com correntes de pensamento ou de estilo. Mesmo seus retratos de jovens
parisienses não tinham definição
de tempo e espaço.
Aos 17 anos de idade, apareceu
na mídia pela primeira vez por ter
passado dias no museu do Louvre
para copiar um quadro de Nicolas
Poussin.
O auge da carreira de Balthus se
deu em 1984, quando o artista ganhou megaexposições em Paris e
Nova York.
O escritor e ex-ministro da Cultura francês André Malraux
(1901-1976) foi um de seus maiores amigos e admiradores.
O pintor não se definia como
um artista por não considerar a
arte uma profissão. "Sou um trabalhador", dizia.
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