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FILMES E TV PAGA
TV ABERTA
"Recruta Benjamin" melhora com o passar do tempo
A Mulher da Califórnia
SBT, 14h15.
(California Woman). EUA, 1995, 91 min.
Direção: Shawn Schepps. Com Jay
Thomas. Publicitário encontra mulher
das cavernas em Hollywood. Depois de
descongelada, a mulher tem que se
adaptar aos costumes da civilização.
Alguém Muito Especial
SBT, 16h30.
(Some Kind of Wonderful). EUA, 1986, 93
min. Direção: Howard Deutch. Com Eric
Stoltz. Jovem candidato a pintor é
pressionado a largar as artes e está
apaixonado por garota rica.
Pentathlon - Uma Disputa
Mortal
Globo, 16h15.
(Pentathlon). EUA, 1994, 101 min.
Direção: Bruce Malmuth. Com Dolph
Lundgren. Atleta da Alemanha Oriental,
especialista em pentatlo, foge para a
liberdade.
O Matador
Record, 22h05.
(The Hitman). EUA, 1991, 94 min.
Direção: Aaron Norris. Com Chuck Norris.
Com dupla identidade e a cara de
sempre, o agente Chuck Norris combate
as facções criminosas de Seattle.
Ninguém É Perfeito
SBT, 23h45.
(Flawless). EUA, 1999, 112 min. Direção:
Joel Schumacher. Com Robert de Niro.
De Niro, policial homofóbico, sofre um
derrame. Adivinha quem cuidará dele na
hora difícil.
Mente Diabólica
Globo, 23h30.
(Lying in Wait). EUA, 2000, 91 min.
Direção: D. Shone Kirkpatrick. Com
Rutger Hauer. Homem se torna amigo de
casal. A amizade que se revelará perigosa
quando ele é convidado a participar de
uma falcatrua.
O Mestre dos Desejos - Além da
Porta do Inferno
SBT, 2h.
(Wishmaster 3). Canadá, 2001, 89 min.
Direção: Chris Angel. Com A.J. Cook,
Jason Connery. O mestre dos desejos
toma como vítima uma órfã, que lutará
para impedir que entidade maléfica
realize desejos. Horror.
Caçada ao Outubro Vermelho
Globo, 2h15.
(The Hunt for Red October). EUA, 1990,
135 min. Direção: John McTiernan. Com
Sean Connery. Sean Connery arma a
maior confusão, como o oficial que
seqüestra o submarino soviético
Outubro Vermelho e sai da rota, disposto
a provar que o sistema de defesa dos EUA
não é lá essas coisas.
Emmanuelle - O Sentido do
Amor
Bandeirantes, 2h30.
(Emmanuelle: Meaning of Love). EUA,
1994, 93 min. Direção: Brody Hooper.
Com Krista Allen. Emmanuelle recorda
suas aventuras com os extraterrestres
que vieram até nós para descobrir os
mistérios do amor.
Suburbia
SBT, 3h45.
(Suburbia). EUA, 1996, 121 min. Direção:
Richard Linklater. Com Giovanni Ribisi. A
vida de um grupo de jovens de uma
cidadezinha do interior dos EUA e a
mudança por que passam todos quando
volta à cidade um antigo amigo, hoje
músico famoso. Ou seja: trata-se de
escolher entre a mediocridade que se
abre diante deles ou o risco da mudança.
A Recruta Benjamin
SBT, 5h45.
(Private Benjamin). EUA, 1980, 110 min.
Direção: Howard Zieff. Com Goldie
Hawn. Após a súbita morte do marido,
garota chique decide engajar-se no
Exército. Ela sofrerá com a caserna. Pela
mera comparação com a maior parte das
comédias mais recentes, o filme vai
ganhando com o tempo. No geral, Goldie
Hawn tem talento e leva a comédia nas
costas.
(IA)
TV PAGA
A verdade é ou não "baseada em um fato real"?
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O que me impressiona em "O
Império do Sol" é menos o
filme do que o fato de a história
ser real. Ou seja, o autor do livro,
J.G. Ballard, é aquele garotinho
que se perde dos pais nos momentos confusos em que tropas
japonesas invadem Xangai, no
comecinho da Segunda Guerra.
Estávamos em 1987, e existe ali
um esforço evidente de Spielberg
para apagar a imagem do menino, que não conseguia crescer, fazendo filmes "sérios". E não estranha que Ballard, tendo passado
por tais experiências, tenha vindo
a se tornar o escritor de esquisitices tipo "Crash" (esquisito, mas
muito interessante). Com efeito,
perdido dos pais, ele permanece
anos na China, sobrevivendo praticamente sozinho num país de
hábitos estranhos.
O que importa, aqui, é essa frase
colocada no início dos filmes, que
se tornou quase obrigatória: "baseado em um fato real". Em si, seu
significado é mínimo: a mais tresloucada ficção sempre tem por
base algum fato real. E por ser real
um fato não determina que um
filme seja um bom filme. E, por
fim, todos sabemos o quanto de
ficção há nos "fatos reais".
Mas isso é o que o público exige
hoje. Ou você lhe dá um blockbuster daqueles, ou "fato real", algo que cheire a verdade.
Que diferença faz se o pai Goriot
de Balzac é real ou fictício? Não é a
ficção que, no caso, esteia a realidade?
O problema é outro: é que o espectador já não reconhece nos filmes uma verdade intrínseca. A
imagem já não é sintoma de verdade. Ela precisa, portanto, para
se afirmar, dessa muleta que é "a
realidade", pois, sabendo que o
personagem sofreu de verdade,
podemos nos comover com aquilo. Se for mera ficção, para que
perder tempo?
Isso é um sinal, ao mesmo tempo, de certa deficiência dos filmes.
A ela será preciso voltar.
O IMPÉRIO DO SOL. Quando: hoje, às
14h, no HBO.
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