São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 2005

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FILMES E TV PAGA

TV ABERTA

"Recruta Benjamin" melhora com o passar do tempo

A Mulher da Califórnia
SBT, 14h15.
 
(California Woman). EUA, 1995, 91 min. Direção: Shawn Schepps. Com Jay Thomas. Publicitário encontra mulher das cavernas em Hollywood. Depois de descongelada, a mulher tem que se adaptar aos costumes da civilização.

Alguém Muito Especial
SBT, 16h30.
 
(Some Kind of Wonderful). EUA, 1986, 93 min. Direção: Howard Deutch. Com Eric Stoltz. Jovem candidato a pintor é pressionado a largar as artes e está apaixonado por garota rica.

Pentathlon - Uma Disputa Mortal
Globo, 16h15.
 
(Pentathlon). EUA, 1994, 101 min. Direção: Bruce Malmuth. Com Dolph Lundgren. Atleta da Alemanha Oriental, especialista em pentatlo, foge para a liberdade.

O Matador
Record, 22h05.
 
(The Hitman). EUA, 1991, 94 min. Direção: Aaron Norris. Com Chuck Norris. Com dupla identidade e a cara de sempre, o agente Chuck Norris combate as facções criminosas de Seattle.

Ninguém É Perfeito
SBT, 23h45.
 
(Flawless). EUA, 1999, 112 min. Direção: Joel Schumacher. Com Robert de Niro. De Niro, policial homofóbico, sofre um derrame. Adivinha quem cuidará dele na hora difícil.

Mente Diabólica
Globo, 23h30.
 
(Lying in Wait). EUA, 2000, 91 min. Direção: D. Shone Kirkpatrick. Com Rutger Hauer. Homem se torna amigo de casal. A amizade que se revelará perigosa quando ele é convidado a participar de uma falcatrua.

O Mestre dos Desejos - Além da Porta do Inferno
SBT, 2h.
 
(Wishmaster 3). Canadá, 2001, 89 min. Direção: Chris Angel. Com A.J. Cook, Jason Connery. O mestre dos desejos toma como vítima uma órfã, que lutará para impedir que entidade maléfica realize desejos. Horror.

Caçada ao Outubro Vermelho
Globo, 2h15.
   
(The Hunt for Red October). EUA, 1990, 135 min. Direção: John McTiernan. Com Sean Connery. Sean Connery arma a maior confusão, como o oficial que seqüestra o submarino soviético Outubro Vermelho e sai da rota, disposto a provar que o sistema de defesa dos EUA não é lá essas coisas.

Emmanuelle - O Sentido do Amor
Bandeirantes, 2h30.
 
(Emmanuelle: Meaning of Love). EUA, 1994, 93 min. Direção: Brody Hooper. Com Krista Allen. Emmanuelle recorda suas aventuras com os extraterrestres que vieram até nós para descobrir os mistérios do amor.

Suburbia
SBT, 3h45.
  
(Suburbia). EUA, 1996, 121 min. Direção: Richard Linklater. Com Giovanni Ribisi. A vida de um grupo de jovens de uma cidadezinha do interior dos EUA e a mudança por que passam todos quando volta à cidade um antigo amigo, hoje músico famoso. Ou seja: trata-se de escolher entre a mediocridade que se abre diante deles ou o risco da mudança.

A Recruta Benjamin
SBT, 5h45.
   
(Private Benjamin). EUA, 1980, 110 min. Direção: Howard Zieff. Com Goldie Hawn. Após a súbita morte do marido, garota chique decide engajar-se no Exército. Ela sofrerá com a caserna. Pela mera comparação com a maior parte das comédias mais recentes, o filme vai ganhando com o tempo. No geral, Goldie Hawn tem talento e leva a comédia nas costas. (IA)

TV PAGA

A verdade é ou não "baseada em um fato real"?

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que me impressiona em "O Império do Sol" é menos o filme do que o fato de a história ser real. Ou seja, o autor do livro, J.G. Ballard, é aquele garotinho que se perde dos pais nos momentos confusos em que tropas japonesas invadem Xangai, no comecinho da Segunda Guerra.
Estávamos em 1987, e existe ali um esforço evidente de Spielberg para apagar a imagem do menino, que não conseguia crescer, fazendo filmes "sérios". E não estranha que Ballard, tendo passado por tais experiências, tenha vindo a se tornar o escritor de esquisitices tipo "Crash" (esquisito, mas muito interessante). Com efeito, perdido dos pais, ele permanece anos na China, sobrevivendo praticamente sozinho num país de hábitos estranhos.
O que importa, aqui, é essa frase colocada no início dos filmes, que se tornou quase obrigatória: "baseado em um fato real". Em si, seu significado é mínimo: a mais tresloucada ficção sempre tem por base algum fato real. E por ser real um fato não determina que um filme seja um bom filme. E, por fim, todos sabemos o quanto de ficção há nos "fatos reais".
Mas isso é o que o público exige hoje. Ou você lhe dá um blockbuster daqueles, ou "fato real", algo que cheire a verdade.
Que diferença faz se o pai Goriot de Balzac é real ou fictício? Não é a ficção que, no caso, esteia a realidade?
O problema é outro: é que o espectador já não reconhece nos filmes uma verdade intrínseca. A imagem já não é sintoma de verdade. Ela precisa, portanto, para se afirmar, dessa muleta que é "a realidade", pois, sabendo que o personagem sofreu de verdade, podemos nos comover com aquilo. Se for mera ficção, para que perder tempo?
Isso é um sinal, ao mesmo tempo, de certa deficiência dos filmes. A ela será preciso voltar.


O IMPÉRIO DO SOL. Quando: hoje, às 14h, no HBO.


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