Festival reúne 15 trabalhos, que passeiam pela dança, performance e teatro

ADRIANA PAVLOVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com uma mistura de nomes referenciais da dança paulistana, artistas de outros Estados, apostas em jovens criadores e uma conversa sobre as artes do corpo, a mostra "Lugar Nômade Dança", organizada pela Companhia Corpos Nômades, chega à terceira edição a partir desta noite.
O festival ocupa, até o dia 28, o casarão na rua Augusta que abriga a companhia desde 2005, confirmando uma tendência de grupos paulistanos de dança abrirem os palcos para convidados de fora.
A mostra reúne 15 trabalhos escolhidos pelo diretor da Corpos Nômades, o coreógrafo João Andreazzi, que passeiam pela dança, performance e teatro. A maioria foi selecionada por meio de inscrições de todo o país, mas também houve convites, caso dos grupos de Zélia Monteiro e de Vera Sala.
"Abrimos nossa casa para diferentes tipos de investigação artística, para experimentações", diz Andreazzi. "Queremos misturar propostas, como é o caso do artista baiano Edu O, que nunca esteve em São Paulo, é cadeirante e faz um solo que discute a solidão humana nos dias de hoje. Ou ainda dar espaço para novas invenções de nomes conhecidos, como Zélia Monteiro, que faz aqui o primeiro ataque do ano da sua série "Imprevisíveis"."
Há uma vertente com jovens criadores, "Meia-Noite Olho Neles", que reúne amanhã e no sábado, dia 27, trabalhos de estudantes recém-saídos de universidades ou bailarinos em suas primeiras criações. E amanhã, às 16h, acontece um encontro com os artistas da mostra ao redor de uma mesa, o "Tea Time Hora do Chá", para falar sobre dança hoje. A conversa será comandada pela gerente de artes cênicas do Itaú Cultural, Sônia Sobral, e pela ex-assessora municipal de dança Lara Pinheiro, que assumiu a direção do Balé da Cidade.