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LIVROS
"Madame Bovary", obra mais famosa do escritor francês, abre a coleção "Clássicos da Literatura Universal"
Flaubert inicia nova "Biblioteca Folha"
da Redação
Chega hoje às bancas de São
Paulo "Madame Bovary", de Gustave Flaubert, o primeiro volume
da coleção "Biblioteca Folha -
Clássicos da Literatura Universal",
que o jornal passa a lançar em parceria com a Ediouro.
O leitor que comprar a Folha nas
bancas poderá adquirir, pagando
mais R$ 3,50, um livro que virou
motivo de processo em 1857,
quando foi lançado na França.
Na época, a obra de Flaubert foi
considerada imoral pelo governo
francês, que decidiu mover uma
ação contra o escritor e também
contra Laurent Pichat, diretor da
revista "Revue de Paris", onde o
romance foi publicado pela primeira vez, em episódios e com alguns cortes. Em um julgamento
que despertou grande interesse na
França, Flaubert e Pichat acabaram absolvidos.
O motivo de tanta indignação
era a forma crítica como Flaubert
retratava a sociedade francesa e a
maneira crua como a questão do
adultério era tratada em seu romance, que demorou cinco anos
para ficar pronto.
"Madame Bovary" conta a história de Emma, jovem bela e sonhadora que, para não ter de morar
mais com os pais, se casa com o
estúpido médico Charles Bovary.
Decepcionada com o casamento, ela se envolve com o fazendeiro
Rodolphe, com quem tem o primeiro de seus casos. O relacionamento frustrado com o marido e a
paixão por outros homens compõem a parte central do romance.
Próximas obras
Depois de "Madame Bovary", as
bancas paulistanas receberão, na
próxima quinta-feira, "A Metamorfose", de Franz Kafka.
Entre os primeiros títulos previstos para a coleção estão ainda
"O Retrato de Dorian Gray", de
Oscar Wilde, "Frankenstein", de
Mary Shelley, e "Romeu e Julieta",
de William Shakespeare.
Impressos em papel off-set, os
volumes têm capa em quatro cores, com orelhas que trazem uma
análise da obra publicada.
Segundo Flávio Pestana, diretor-executivo de marketing e circulação da Folha, os cuidados
com a seleção dos títulos e com o
acabamento das edições têm um
objetivo: "Fazer com que os livros
façam parte da biblioteca definitiva dos leitores do jornal".
A iniciativa do jornal agradou
também figuras do meio literário.
Para o escritor e tradutor Modesto
Carone, por exemplo, a coleção é
importante porque "coloca a
grande literatura ao alcance da
maioria dos leitores".
A "Biblioteca Folha" começará a
circular nas bancas do interior de
São Paulo e demais Estados do
país a partir do dia 9 de abril. Os
assinantes do jornal receberão, em
breve, informações sobre como
obter, sem sair de casa, os "Clássicos da Literatura Universal".
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