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"Vilcabamba" brinca com clichê da eterna juventude
Cia. Le Plat du Jour troca registro infantil por comédia adulta em nova peça
Nome do espetáculo é emprestado de cidade equatoriana recordista em habitantes com mais de 100 anos de idade
MARCOS GRINSPUM FERRAZ
DE SÃO PAULO
Em 2008, a atriz e dramaturga Alexandra Golik leu sobre a existência de Vilcabamba, um povoado no Equador
que possui a maior concentração de moradores de mais
de cem anos no mundo.
Dois anos depois, ao lado
de Carla Candiotto (ambas
são da Cia. Le Plat du Jour),
ela estreia a peça "Vilcabamba", de sua autoria, tomando
a cidadezinha como ponto de
partida para uma comédia
com ares de nonsense e influências de "Monty Phyton"
e "Os Três Patetas".
Na trama, um jovem policial manda seu tio, um detetive incompetente, investigar
crimes contra velhinhos
ocorridos no povoado.
Durante o percurso, surgem outros personagens
-sempre interpretados pelas
duas atrizes- e descobrimos
que a busca do criminoso é
pelas perucas dos velhinhos,
nas quais estaria a fórmula
da juventude.
Segundo a autora, a ideia
da peça é brincar com os clichês, desde o ponto de partida do texto. "Não há nada
mais clichê do que a eterna
busca pela juventude".
Os personagens também
são estereotipados, no que
ela chama de uma autoironia
do espetáculo. "O clichê ironizando o próprio clichê faz
com que a peça não se torne
clichê, mas algo original."
VILCABAMBA
QUANDO qua., qui. e dom., às 16h,
sex., às 16h e 20h, sáb. 20h; até
1º/8
ONDE Sesi Vila Leopoldina (r.
Carlos Weber, 835, tel. 0/xx/11/
3833-1093)
QUANTO grátis
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
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