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ERUDITO
Osesp diz que não "há motivo" para suspeitar de concurso
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois da polêmica envolvendo o Concurso Internacional de Piano Villa-Lobos,
a Osesp divulgou nota anteontem dizendo que "não
há qualquer motivo de preocupação quanto à absoluta
correção dos procedimentos
adotados no concurso".
Agendado para agosto, o certame era coordenado pelo
pianista israelense Ilan
Rechtman, demitido pelo diretor artístico da Osesp,
John Neschling, em abril.
Rechtman chamara o americano Jeffrey Moidel e o
paulista Gilberto Tinetti para realizar uma pré-seleção
e, quando os 20 classificados
foram anunciados, notou diferenças entre essa relação e
a sua pré-escolha. Ficaram
de fora músicos laureados
em competições internacionais e foram selecionados
candidatos como a pianista
da Osesp Olga Kopylova.
A nota afirma que Rechtman foi demitido por atitudes "inaceitáveis" durante a
pré-seleção e cita e-mail dele
a Neschling, no qual o israelense afirma que "alterou algumas" avaliações de Tinetti.
Rechtman disse à Folha
que fez isso pois não podia
"consentir com a participação de candidatos que editaram os CDs submetidos à
avaliação nem permitir que a
seleção fosse regida por razões políticas ou pessoais".
Para ele, a ausência de
candidatos premiados no exterior "seria um verdadeiro
escândalo". "Daí a minha
surpresa ao ser demitido por
fazer aquilo que, noutros
concursos, não seria nada
além do dever de um diretor
artístico responsável."
Leia a nota completa da
Osesp em www.cipvl.org.br e a versão de Rechtman em www.cipvl.squarespace.com/journal.
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