São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2006

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Crítica

Costinha leva olhar popular à pornochanchada

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Seria saudável se o Canal Brasil alargasse o restrito repertório de suas pornochanchadas, a fim de dar ao espectador uma idéia mais completa do que foi este gênero. Enquanto isso não ocorre, vamos mesmo de "Costinha, o Libertino" (0h30), comédia feita na marreta por Victor Lima, em 1973.
A história é que é uma pérola brasileira: Costinha é um comendador que dedicou sua vida a pregar a moralidade. Agora está na pior, o que o força a alugar sua mansão para um colégio de moças. Vai-se ver, porém, o colégio não era colégio e as moças não eram moças.
E o comendador? Bem, as garotas do bordel logo conseguem convencê-lo a trocar a vida monástica pela gandaia. E o que tem isso de brasileiro? É que aqui as coisas nunca são o que querem aparentar. Em geral, são seu contrário.
O que um filme como esse -de uma ruindade que nem mesmo Costinha salva- nos traz é um olhar popular (hoje extirpado do cinema) a essas coisas.


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