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Crítica
Costinha leva olhar popular à pornochanchada
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Seria saudável se o Canal
Brasil alargasse o restrito repertório de suas pornochanchadas, a fim de dar ao espectador uma idéia mais completa
do que foi este gênero. Enquanto isso não ocorre, vamos mesmo de "Costinha, o Libertino" (0h30), comédia feita na
marreta por Victor Lima, em
1973.
A história é que é uma pérola
brasileira: Costinha é um comendador que dedicou sua vida a pregar a moralidade. Agora
está na pior, o que o força a alugar sua mansão para um colégio de moças. Vai-se ver, porém, o colégio não era colégio e
as moças não eram moças.
E o comendador? Bem, as garotas do bordel logo conseguem convencê-lo a trocar a vida monástica pela gandaia. E o
que tem isso de brasileiro? É
que aqui as coisas nunca são o
que querem aparentar. Em geral, são seu contrário.
O que um filme como esse
-de uma ruindade que nem
mesmo Costinha salva- nos
traz é um olhar popular (hoje
extirpado do cinema) a essas
coisas.
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