São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 2011

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CRÍTICA

"Carne Trêmula", de Almodóvar, é cinema do desejo em estado bruto

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Na trama de "Carne Trêmula" (Megapix, 0h40) os elementos são da pior espécie. Existe ali o garoto (Liberto Rabal) que deu um tiro num policial (Javier Bardem).
Este não só ficou aleijado como joga basquete em cadeira de rodas e está casado com Elena (Francesca Neri), Ora, Elena é a mulher por quem o garoto estava e está apaixonado. E não é nada impossível que Elena corresponda a seus desejos.
É desse material que Pedro Almodóvar tece seus surpreendentes melodramas.
Que num momento anterior de sua carreira nos faziam rir, mas com o tempo mais e mais se tornaram graves, com seus desejos paroxísticos, contrastes berrantes.
Um cinema do desejo em estado bruto, impuro, talvez aberrante. Porém irretocável: é Pedro em grande momento.


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