São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 2011

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Detalhes picantes desagradam parcela dos fãs

CHICO FELITTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Esse casal está parecendo mais de novela que de ópera!", disse a aposentada Marina Devolo, 74, no entreatos de "Rigoletto", no Municipal, na quarta passada.
Era a segunda vez que Devolo, que conhece as letras de cor, via a obra no Municipal. A primeira foi em 1999. "Não tinha lambeção", recorda.
A montagem de Felipe Hirsch que comemorou os cem anos do teatro tende de fato ao picante, com beijos de língua e saia tingida de sangue da donzela deflorada.
"É uma leitura possível. Não muito comum, mas o sexo existe lá", diz Mario Videira, professor da USP especializado em ópera.
"Há um público que acha que as apresentações têm de ser sutis", diz o historiador e estudioso de ópera Carlos Etalam. "Esquecem que, dois séculos atrás, a ópera não passava, na Itália, de diversão. Era quase uma novela."


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