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LIVRO/LANÇAMENTO
"Vivir para Contarla", livro de memórias do autor colombiano, tem lançamento simultâneo nos países de língua espanhola e esgota edição em uma semana
Gênese de García Márquez
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
"O belga não voltará a jogar xadrez" é o primeiro êxito literário
de que se recorda o escritor colombiano Gabriel García Márquez.
Não se trata de um livro, mas de
uma frase dita quando o Nobel de
Literatura e autor de sucessos
mundiais como "Cem Anos de
Solidão", "O Amor nos Tempos
do Cólera" e "Ninguém Escreve
ao Coronel" não passava de um
garoto que acompanhava o avô
em toda parte. Inclusive em intermináveis partidas de xadrez disputadas com o belga, que se suicidou depois que uma sessão de
"Nada de Novo no Front" lhe
trouxe trágicas recordações de
guerra.
A conclusão de Gabito, proferida à porta da casa do defunto, foi
repetida na numerosa família
Márquez à exaustão, como exemplo de genialidade infantil. A memória desse "début" e as lembranças de todos os esforços que
fez para se tornar escritor, frustrando a vontade do pai de ver seu
primogênito advogado, estão relatadas em "Vivir para Contarla".
O primeiro volume da autobiografia de Gabriel García Márquez
foi lançado este mês nos países de
língua espanhola.
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