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Para Oz, "todo homem é península"
DA REPORTAGEM LOCAL
Tema clássico de redações escolares, a idéia "Todo homem é uma
ilha?" esteve presente com força
na Feira de Livros de Frankfurt.
Quem trouxe o bordão, devidamente modificado, foi o escritor
Amos Oz, um dos principais autores da literatura israelense.
Uma das estrelas do congresso
Futura Mundi, que teve sua primeira edição este ano no megaevento editorial alemão, o escritor
defendeu a idéia de que "nenhum
homem é uma ilha, mas todos somos uma península".
Em debate com pensadores como o paquistanês Tariq Ali e o líder do catolicismo ortodoxo Gregorios 3º, Oz disse que todos temos nossas individualidades, os
"momentos rodeados de mar".
"Mas todos estamos também ligados a um continente maior e, se
não ajudarmos todos a apagar um
incêndio em uma ponta do vilarejo, todo o vilarejo arderá em chamas", afirmou no congresso.
Em conversa com a Folha, após
o evento, Oz disse que a mesma
idéia embasa seu novo romance,
"Um Conto de Amor e Escuridão", que, lançado em Israel em
março, já vendeu 70 mil cópias.
"É uma saga familiar, que remonta 200 anos dos meus ancestrais e
fala por que foram para Israel. É
um romance trágico e cômico, como cada um de nós."
(CEM)
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