São Paulo, sábado, 19 de outubro de 2002

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Para Oz, "todo homem é península"

DA REPORTAGEM LOCAL

Tema clássico de redações escolares, a idéia "Todo homem é uma ilha?" esteve presente com força na Feira de Livros de Frankfurt. Quem trouxe o bordão, devidamente modificado, foi o escritor Amos Oz, um dos principais autores da literatura israelense.
Uma das estrelas do congresso Futura Mundi, que teve sua primeira edição este ano no megaevento editorial alemão, o escritor defendeu a idéia de que "nenhum homem é uma ilha, mas todos somos uma península".
Em debate com pensadores como o paquistanês Tariq Ali e o líder do catolicismo ortodoxo Gregorios 3º, Oz disse que todos temos nossas individualidades, os "momentos rodeados de mar". "Mas todos estamos também ligados a um continente maior e, se não ajudarmos todos a apagar um incêndio em uma ponta do vilarejo, todo o vilarejo arderá em chamas", afirmou no congresso.
Em conversa com a Folha, após o evento, Oz disse que a mesma idéia embasa seu novo romance, "Um Conto de Amor e Escuridão", que, lançado em Israel em março, já vendeu 70 mil cópias. "É uma saga familiar, que remonta 200 anos dos meus ancestrais e fala por que foram para Israel. É um romance trágico e cômico, como cada um de nós." (CEM)

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