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MÚSICA ERUDITA
Música sinfônica predomina em 1998
JOÃO BATISTA NATALI
da Reportagem Local
A temporada de 1998 da Sociedade de Cultura Artística terá como
ponto forte a música sinfônica.
Isso ocorrerá em grande estilo.
Deverão se apresentar em São
Paulo a Filarmônica de São Petesburgo (ex-Leningrado), a Nacional da Espanha, a Filarmonia de
Londres e, em concerto extra-assinaturas, a Orquestra de Filadélfia
(EUA).
Duas outras formações "emergentes" também fecharam contrato. São elas a Sinfônica de Montreal (Canadá) e a Orquestra da
Toscana (Itália).
Entre conjuntos especializados
em música barroca com instrumentos e afinação de época, voltam ao Brasil Les Arts Florissants e
a Academy of Ancient Music, dirigidas por William Christie e Christopher Hogwood.
Maestros
Um longo parêntese sobre os demais maestros. A Orquestra de Filadélfia estará sob a direção de
Wolfgang Savallisch. É um dos
herdeiros da tradição toscaniniana
de rigor cristalino na interpretação, da moderação da dinâmica,
das cores circunspectas. Trata-se
de um dos grandes intérpretes
atuais de Mahler e Bruckner.
São Petesburgo
São Petesburgo chegará com Yuri Temirkanov. Sua reputação é a
de ter procurado conter a hemorragia de músicos provocada pela
implosão da ex-União Soviética e a
de preservar a sonoridade que a
orquestra teve sob a batuta de
Mravinsky.
John Eliot Gardiner, que regerá a
Filarmonia, é bem mais que um
grande maestro. É também um excelente musicólogo. São suas as
poucas inovações de leitura que a
década de 90 registrará no complexo conjunto das nove sinfonias de
Ludwig van Beethoven.
Há dois consagrados veteranos
da regência: Charles Dutoit, com a
Sinfônica de Montreal, e Rafael
Fruhbeck de Burgos, com a Nacional da Espanha.
Por fim, Umberto Benedetti Michelangeli -filho de Arturo Benedetti Michelangeli, um dos maiores pianistas italianos deste século- regerá a Orquestra da Toscana, formação de 45 músicos que
tem se especializado no clássico,
no primeiro romantismo e na música contemporânea.
Música de câmara
O Cultura Artística programou
uma única atração em música de
câmara. Será o Quarteto de Tóquio, atuando com o pianista
Barry Douglas como quinteto com
piano.
E como instrumentista solo estará se apresentando o pianista húngaro Deszo Ranki, que traz bons
prêmios internacionais e gravações com orquestras prestigiosas
no currículo.
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