São Paulo, sábado, 19 de dezembro de 1998

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DA RUA
Remédios

FERNANDO BONASSI
˛ Não sou tão corajoso que não precise tomar as minhas caixas de remédio, aviadas das receitas direto pra gaveta mais importante da casa. Essas pedrinhas coloridas me põem, muitas vezes, bem perto do que eu poderia ser -se fosse um caso. Aliás eu seria todo o possível se isso não me segurasse bem aqui onde estou, manso como um bicho de estimação fora daqueles cios a não poder mais ver os excitantes pés das mesas. Acontece que, por uma espécie de disfunção química, tendo à pura confusão. Demais. Mas tudo tem remédio. Ah, sim! Tudo tem o remédio que mereço.



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