de Londres

Depois de meses de espera pela inauguração do tão comentado e polêmico Millennium Dome, visitá-lo foi um anticlímax.
Os problemas do Dome nem são tanto as filas e desorganização, que são perfeitamente solucionáveis a médio prazo.
O verdadeiro problema é que as atrações são sonolentas. A que trata do transporte, por exemplo, se resume a painéis com fotos contando a história das locomoções humanas, das migrações pré-históricas à chegada à Lua.
Para as crianças, que foram ao Dome esperando aprender por meio da realidade virtual ou joguinhos interativos (conforme prometido em anúncios de TV), não há nada mais desestimulante. Para um adulto, ser "informado" pela enésima vez sobre o pouso da Apollo 11, chega a ser irritante.
O padrão "foto-painel" se repete por todo o lugar. Nada contra se estivéssemos falando de um museu comum. Mas o Dome foi feito justamente para ser diferente do convencional.
Não é à toa que a única "zona" bem-sucedida é a do corpo. Somente lá se consegue um pouco de diversão -depois de uma fila de 50 minutos, é verdade.
Um enorme coração pendurado no teto, batendo em ritmo de samba, atrai a atenção de crianças e adultos.
Mas essa é a exceção. A regra é que as atrações do Dome têm menos sabor do que comida inglesa.


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