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crítica
Livro reconta a história sob a ótica iconoclasta
ALEXANDRE MATIAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A expressão "contracultura" nos remete
aos anos 60 de passeatas, hippies, drogas, rock
sério e sexo livre, tempos de
transição entre o Technicolor da psicodelia e o vermelho-e-preto de maio de 68.
Essa lembrança desdobra-se
mais adiante nos pais e filhos
dessa geração clássica. Antes, os "beats", o jazz e o
blues, James Joyce e os xamãs; e, depois, a cultura rave,
clubber, nerd e geek, o hip
hop e o ativismo político eletrônico.
"Contracultura Através
dos Tempos" amplia ainda
mais esse escopo e reconta a
história da humanidade do
ponto de vista da quebra dos
valores tradicionais e do espírito inquieto das épocas de
mudanças. O livro (assinado
pelo nome de batismo -Ken
Goffman- do ativista e escritor R.U. Sirius) determina
um Prometeu hedonista e
um Abraão iconoclasta como
pais dessa cultura da mudança. Judaísmo, a Paris do século 19, Thoreau e Whitman,
trovadores medievais, taoísmo, zen e sufismo, Sócrates e
o iluminismo apontam para
a acid house, a internet, o
ambientalismo e a Nova Esquerda, numa árvore genealógica dessa história paralela.
CONTRACULTURA ATRAVÉS DOS TEMPOS
Autores: Ken Goffman (R.U. Sirius) e Dan Joy
Editora: Ediouro
Quanto: R$ 54,90 (432 págs.)
Texto Anterior: Do contra Próximo Texto: Mônica Bergamo Índice
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