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Cinema quer exibir curtas
da Reportagem Local
Desde que a lei de obrigatoriedade do curta foi extinta junto com a
Embrafilme, em 90, os curta-metragistas lutam não só para produzir seus filmes, mas também para
exibi-los nos cinemas. O pernambucano Samuel Moura, 46, entretanto, quer voltar aos anos 80. Dono de dois cinemas na Grande São
Paulo, Moura busca cineastas interessados em exibir seus curtas.
"Quero passar curtas-metragens
antes dos longas, da mesma forma
que antes. Só não estou fazendo isso ainda porque não conheço a nova geração", afirma Moura.
O empresário possui um cinema
em São Caetano e outro no Sacomã. O de São Caetano, que conta
com cafeteria e 600 lugares, chama-se Espaço Cultural Vitória. Alterna lançamentos como "Armageddon" com filmes de arte franceses, tchecos, russos e japoneses.
"Ali posso passar uns curtas mais
herméticos. No outro cinema, o
Anchieta, os curtas precisam ser
mais populares", afirma.
Moura se dispõe a pagar 5% de
seu arrecadação, descontando a
parte das distribuidoras.
Na lei antiga, o curta-metragista
recebia 5% do total, incluindo o
das distribuidoras. Se tivesse a sorte de ser exibido antes de "Embalos
de Sábado à Noite", por exemplo,
ficava rico da noite para o dia.
"O dinheiro recebido será simbólico, mas dá para ganhar um trocado e mostrar o filme." O Espaço
Cultural Vitória fica na rua Baraldi, 743, centro de São Caetano (tel.
4224-1698).
(IF)
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