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Vinho
Vinícola gaúcha entra em grupo dos vinhos finos
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
As adegas do Rio Grande
do Sul continuam entrando
firme no mundo dos vinhos
finos. Uma das que enveredaram por esse caminho foi a
Vinícola Perini.
Benildo Perini, membro
de uma família dedicada à vitivinicultura, é um dos seus
proprietários. Seu pai, João
Perini, já elaborava vinhos
para a cooperativa local.
Ao sucedê-lo, em 1970,
Benildo decidiu comercializar seus próprios vinhos,
criando a Vinícola Jota
Pe -focada nos vinhos comuns, de cepas americanas
(como a isabel).
Em 1996, a firma iniciou
um novo ciclo, lançando os
Casa Perini, uma linha de vinhos elaborados com variedades nobres. Sinal talvez da
nova etapa, a casa mudou o
seu nome em 2002 para
Vinícola Perini. Hoje, Benildo continua no comando,
junto da mulher, Maria do
Carmo, e os vinhos Jota
Pe seguem fortes.
Mas a casa já tem 50 hectares de variedades européias (a maior parte delas
assentada nas colinas que
rodeiam a cantina, no Vale
Trentino, em Farroupilha), e
cerca de 550 mil garrafas
por ano levam o rótulo Casa
Perini.
Os enólogos Cleber Andrade (ex-Aurora, ex-Martini-Baccardi) e Leandro
Santini assinam os vinhos,
um conjunto agradável (e
com boa performance para
o seu preço) que merece ser
conferido.
Na ala dos espumantes,
menção para dois Brut,
um branco, de uvas chardonnay, com boa fruta e acidez
(86/100), e o Rosé (pinot
noir, chardonnay, merlot e
gamay), leve, com toques de
geléias e frutas vermelhas
(86/100, os dois R$ 23,50).
No canto dos tintos, destaque para dois: o Barbera
2005 (redondo, com sabor
que combina fruta, couro e
chocolate, 87/100) e o Marselan 2006, outro rubro macio e frutado, temperado
com leves pinceladas de baunilha (87/100, ambos R$
21,50; todos os vinhos à venda no Empório Narciso, tel.
0/xx/11/3338-1813).
O colunista JORGE CARRARA viajou ao Rio
Grande do Sul a convite da Vinícola Perini
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