São Paulo, sexta, 20 de março de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Oasis cinco vezes ao vivo Um panorama sobre apresentações da banda de Manchester de 1994 a 1998, partindo de Londres (Inglaterra) e chegando a Santiago (Chile), todas com o testemunho da Folha, mostra as transformações em cima do palco do quinteto britânico que ganhou o título de maior revelação da década LONDRES SÉRGIO MALBERGIER da Redação O Oasis explodiu na Inglaterra em 94, misturando Sex Pistols e Beatles. Logo conquistaram a América. E transformaram o que era bom em fórmula, surrada nos discos seguintes. Mas, em 94, a novidade era um maná para os ingleses famintos. O pop britânico tentava um retorno depois da ressaca do dark, subjugado pela predominância incontestável do grunge americano. As dezenas de publicações pop faziam de tudo para esquentar a cena local e suas capas. Inventaram a "new wave da new wave", juntando bandas emergentes como Elastica, S*M*A*S*H e Compulsion. E bombardeavam os leitores com notícias do Blur. Um proto-show em Londres e o primeiro disco, "Definitely Maybe", foram o pretexto para apresentar a banda de Manchester como "a próxima sensação" inglesa, em agosto de 94. O Oasis dava o que moças e moços britânicos dos 90 aspiravam no próspero neocapitalismo pós-tudo: um verniz frio e rebelde para pessoas frias e conformistas. Num show de 70 minutos, sem bis, eles esnobaram a platéia, que esnobou o show. Uma troca rápida e segura. Hoje, os shows são longos, em grandes estádios, e os Gallagher simulam de tudo para fechar o foco da mídia: o preço patético do sucesso. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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