São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Gulin grava inéditas de Tom Zé, Calcanhotto e Chico Buarque Em "ôÔÔôôÔôÔ", curitibana também canta parcerias com Moreno Veloso e Ana Carolina Imprensa carioca anuncia suposto romance entre cantora e Chico Buarque; dupla não confirma relação MARCUS PRETO DE SÃO PAULO Em seu praticamente desconhecido álbum de estreia homônimo, de 2006, a curitibana Thaís Gulin criou versões -bem boas até- para repertório conhecido de, entre outros, Tom Zé ("Defeito 10 (Cedotardar)") e Chico Buarque ("Hino de Duran"). Hoje mais madura, ela volta com armamento pesado. Em "ôÔÔôôÔôÔ", o segundo trabalho, já nas lojas, estão de volta os mesmos Tom Zé e Chico Buarque -só que, agora, eles contribuem com composições inéditas. E cantam com ela no disco. Tom Zé enviou "Ali Sim, Alice", inspirada no universo de Lewis Carroll. Chico compôs letra e música de "Se Eu Soubesse". Adriana Calcanhotto lhe entregou "Encantada", também novinha. "Quando fiz o primeiro álbum, quase todos os compositores que gravei me escreveram", diz. "Acabei virando parceira de [Jards] Macalé, fiz show com Zeca [Baleiro], recebi um e-mail do Chico [Buarque] e um telefonema do Tom Zé. Chorei." Conseguir canção inédita de Chico Buarque tem sido, em tempos atuais, uma tarefa difícil até mesmo para o próprio Chico Buarque. Muito tem se falado, sobretudo na imprensa carioca, de suposto romance entre Thaís e o compositor. Os dois não confirmam a relação. Também não negam. Preferem "não comentar o assunto". COMPOSITORA A própria Thaís assina cinco das 12 faixas do álbum. E se mostra uma compositora promissora, de humor refinado, em faixas como "Horas Cariocas" ou "ôÔÔôôÔôÔ", duas que assina sozinha. A segunda é um samba-enredo em que a personagem quer destruir a escola para se vingar do amor: "Vou passar pra bagunçar as cabrochas/ As sirigaitas e afins/ As rebolantes, os bambas e bichas/ Qu'eu vou amarrar com as cordas dos bandolins". "Eu era atriz, fiz teatro musical", diz. "Quando me descobri compondo, entendi que tinha nas mãos uma liberdade do tamanho do mundo para inventar os personagens que quisesse." O título inusitado do álbum, ela explica, tenta dimensionar essa "liberdade do tamanho do mundo". Embora mais sambas surjam no CD, a cantora escapa da reverência "estudiosa" que algumas de suas colegas têm dedicado ao gênero. "Quis trazer esses sons de samba mais como sensação do que como gênero", diz. Entre seus parceiros nas canções do álbum estão Moreno Veloso, Ana Carolina, Kassin e Alê Siqueira- os dois últimos assinam a produção do trabalho. ÔÔÔÔÔÔÔÔ ARTISTA Thaís Gulin LANÇAMENTO Slap QUANTO R$ 19,90 Texto Anterior: Crítica/Rock: Foo Fighters é imbatível em criar música pesada para as massas Próximo Texto: Crítica/Jazz: James Farm estreia com arquitetura melódica vibrante Índice | Comunicar Erros

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