da Sucursal do Rio

Para o ator Paulo Betti, que protagonizará o filme "Mauá, o Imperador e o Rei", "mais do que um homem de negócios, Mauá foi um homem que tinha consciência de uma missão".
"Ele queria transformar o país e foi obstinado em seu desejo, apesar de não tê-lo alcançado. Foi um homem moderno para seu tempo e por isso muitas vezes incompreendido. Falava da internacionalização da economia, que estamos vendo acontecer agora. Se tivéssemos dado mais importância a ele, talvez o Brasil fosse outro hoje."

O lado humano
O ator contou que, antes de ter sido chamado para fazer o filme, sabia pouco sobre Mauá, mas que nos livros e nas pesquisas que fez para compor o personagem percebeu que o enfoque estava sempre no homem empreendedor e que ele pretende ressaltar "o lado humano do personagem".
"Ele era muito ligado à família. Preocupava-se em levar doces para os filhos quando voltava para casa", diz Betti.
O Visconde de Mauá casou-se com sua sobrinha, May (no filme, Malu Mader), com a qual teve 18 filhos (dos quais somente sete sobreviveram).
Sérgio Rezende, diretor e roteirista do filme, disse que em "Mauá, o Imperador e o Rei" criou situações fictícias para demonstrar a relação do casal.
"Um roteiro não se sustenta só de informações. É importante manter os fatos históricos, mas, como estamos fazendo ficção e não documentário, é permitido criar. Sabia que eles tiveram uma relação moderna e se amavam loucamente. A partir daí, coloquei a imaginação para funcionar", conta Rezende, com a propriedade de quem já fez filmes sobre episódios da história do Brasil, como "Canudos" e "Lamarca".

Cinema cachoeira
"O cineasta Humberto Mauro, diretor de épicos como "O Descobrimento do Brasil', dizia que o cinema era cachoeira. Eu digo que o cinema brasileiro, neste momento, é o rio dessa cachoeira. Estamos em pleno desenvolvimento, e os filmes que resgatam a nossa história têm sucesso garantido nesse mercado", diz Rezende. (AL)



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