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Crítica
Coreografia dá vida a "Sangue de Artista"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Durante a década de 30 do
século 20 todos os musicais tinham em regra um único assunto: vamos montar um show.
Não faltava talento, mas era
preciso que o mundo conspirasse contra esse intento, para
que os personagens melhor pudessem se impor.
Não será nenhuma inconfidência dizer que, no fim, o show
sempre acaba saindo. E não seria diferente em "Sangue de
Artista" (TCM, 1h50), que nos
fala de adolescentes para quem
montar um show, mostrar seu
talento, nem que fosse fora dos
teatros, no campo, onde a horas
tantas vão parar Mickey Rooney e Judy Garland.
Consta que o filme não teve
grande investimento, porque a
MGM estava na época mais
preocupada com "O Mágico de
Oz" (o filme de Judy, por excelência). Pode ser. Mas talvez
por isso mesmo ele tem a compensar uma vitalidade, que vem
seja da coreografia enérgica de
Busby Berkeley, seja da energia
de Mickey Rooney, que, nesse
particular, puxava Judy, sua
namorada no filme.
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