São Paulo, quarta-feira, 20 de maio de 2009

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TELEVISÃO

Crítica
Filme registra delicadeza de Paulinho da Viola

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Paulinho da Viola, Meu Tempo É Hoje" (Canal Brasil, 16h30, classificação: livre) é o título de um documentário modesto, mas eficaz, de Izabel Jaguaribe sobre o compositor. Pois existe algo em Paulinho de muito particular, referente à atualidade.
Isto é, sua atualidade não é a mesma de Chico, Gil ou Caetano. É um compositor do morro. Digamos que esteja na escola de Cartola, mais ou menos. Mas também não é bem isso. A sensibilidade pode ser análoga, mas o tempo é outro. Paulinho faz parte, desde o começo, de um tempo em que a "cidade" e a arte das escolas de samba convivem em harmonia.
O que o filme ajuda a confirmar é que Paulinho é o compositor mais delicado de sua geração. Delicado no sentido em que sua música parece pedir licença para existir. Como se já não pertencesse inteiramente à Portela, como se ainda não tivesse o direito pleno a pertencer à sociedade culta. Chagas nossas que este documentário não ignora.


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