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Presença brasileira cresce na Bienal
Se confirmada lista com 51 nomes, brasileiros corresponderão a 34% do total da mostra, o maior número desde 1991
Projeto do curador, Moacir dos Anjos, estabeleceu uma espécie de revisão histórica das últimas três décadas da produção artística nacional
DA REPORTAGEM LOCAL
Contrariando uma tendência
das últimas sete bienais de São
Paulo, a presença dos artistas
brasileiros cresce na 29ª Bienal, chegando a 34% do total, se
o número de artistas confirmar
os 51 entre 148 já convidados.
Na Bienal do Vazio, em
2008, os artistas do país chegaram perto, com 33%, mas a exposição, reduzida por conta da
polêmica, configura-se mais
exceção do que regra.
Esse "verde-amarelismo" já
era esperado desde o ano passado, quando Heitor Martins
assumiu a presidência da Fundação Bienal e, em entrevista à
Folha, defendeu que seria importante uma presença brasileira expressiva na mostra.
O próprio curador, Moacir
dos Anjos, também defendeu
essa tese por conta da "insipiência e da fragilidade dos mecanismos institucionais para
absorção e circulação da produção artística existentes no Brasil", conforme disse à Folha
também no ano passado.
Em seu projeto, o curador estabeleceu que a Bienal realizasse uma espécie de revisão histórica das últimas décadas da
produção artística a partir dos
anos 1970.
Assim, não é de estranhar a
grande quantidade de nomes
com caráter histórico na mostra, caso de Hélio Oiticica,
Lygia Clark, Lygia Pape (1927-2004), Anna Maria Maiolino,
Antonio Manuel e Milton Machado, entre outros, todos associados ao neoconcretismo.
A última Bienal com tantos
brasileiros foi a 21ª, em 1991,
com 79 artistas de um total de
183, ou seja, 43%.
Com curadoria de João Candido Galvão e Jacob Klintowitz, que abandonou o posto
no meio do processo, a mostra
foi muito criticada pela irregularidade, pois a seleção foi feita
através de inscrições.
Já em 1998, Paulo Herkenhoff selecionou um alto número de brasileiros, 71, mas
que representaram apenas
26% dos 271 artistas.
(FCY)
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