São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 2011

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Minczuk diz que OSB tem modelo asiático

DE LONDRES

Em entrevista à Folha, Roberto Minczuk diz que ainda não dá para comparar a Orquestra Sinfônica Brasileira com as europeias. O modelo são as asiáticas, que também passaram por avaliações dos músicos para melhorar. (VM)

 


Folha - Quantos músicos serão contratados agora?
Roberto Minczuk -
Não tem urgência. Há posições que estão abertas há três anos. Algumas orquestras passam anos sem ter uma primeira flauta, por exemplo.

Por que os músicos se revoltaram?
É novidade para o músico brasileiro esse regime de trabalho que vamos adotar, com maiores salários, mas também com mais trabalho. Eu regi a Filarmônica de Liverpool e foram sete ensaios, três concertos e uma viagem em uma semana. Nossa orquestra nunca trabalharia com essa carga.

Por que quiseram fazer avaliações individuais? Não é possível ver a qualidade em ensaios e concertos?
Alguns instrumentos ficam muito expostos, como a primeira flauta, então você consegue ouvir o desempenho do músico. No caso de violinos, às vezes, 16 tocam juntos. Só se eu parasse o ensaio e pedisse que um músico tocasse sozinho para avaliá-lo. Não há esse tipo de avaliação na Europa. Não estamos em condições de nos compararmos com a Filarmônica de Berlim. Estamos mais para Seul, na Coreia do Sul, ou Kuala Lumpur, na Malásia. A Orquestra de Seul foi toda reformulada com avaliações.


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