São Paulo, quarta, 20 de maio de 1998

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Pierre Lévy defende a Internet

do enviado especial ao Rio

Pierre Lévy, professor de hipermídia da Universidade de Paris 8, que deveria participar do segundo dia da Agenda do Milênio, ontem, é o exato oposto do sociólogo Jean Baudrillard.
Em seu livro "O Que É o Virtual?", Lévy escreveu: "Deve-se temer a desrealização geral, como sugere Jean Baudrillard? Este livro defende uma hipótese diferente, não catastrofista".
Na conferência, intitulada "A Cybercultura: uma Nova Forma de Universalidade", ele trata a Internet como "o universal sem totalidade", em oposição a pós-modernos como Baudrillard.
Para Lévy, "os meios de massa, imprensa, rádio, cinema, TV, seguem a linha cultural do universal totalizante iniciada pela escrita". Um "universal totalizante" que abriu caminho, no extremo mais violento, "para os totalitarismos clássicos do século 20: fascismo, nazismo e stalinismo".
Não a Internet. A rede "emerge como uma nova forma do universal", "um universal que não totaliza mais os sentidos".
Pelos computadores, pessoas "as mais diversas podem entrar em contato". A Internet ou o "cyberspace" "exprime a diversidade humana". (NS)



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