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Pierre Lévy defende a Internet
do enviado especial ao Rio
Pierre Lévy, professor de hipermídia da Universidade de Paris 8,
que deveria participar do segundo
dia da Agenda do Milênio, ontem,
é o exato oposto do sociólogo Jean
Baudrillard.
Em seu livro "O Que É o Virtual?", Lévy escreveu: "Deve-se
temer a desrealização geral, como
sugere Jean Baudrillard? Este livro
defende uma hipótese diferente,
não catastrofista".
Na conferência, intitulada "A
Cybercultura: uma Nova Forma
de Universalidade", ele trata a Internet como "o universal sem totalidade", em oposição a pós-modernos como Baudrillard.
Para Lévy, "os meios de massa,
imprensa, rádio, cinema, TV, seguem a linha cultural do universal
totalizante iniciada pela escrita".
Um "universal totalizante" que
abriu caminho, no extremo mais
violento, "para os totalitarismos
clássicos do século 20: fascismo,
nazismo e stalinismo".
Não a Internet. A rede "emerge
como uma nova forma do universal", "um universal que não totaliza mais os sentidos".
Pelos computadores, pessoas
"as mais diversas podem entrar
em contato". A Internet ou o
"cyberspace" "exprime a diversidade humana".
(NS)
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