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Editora quer
ser diletante, mas atraente
DA REDAÇÃO
"O grande barato" do dono da 7 Letras, Jorge Viveiros de Castro, como ele mesmo diz, é descobrir novos
nomes. Mas não só esses estampam as páginas das revistas "Ficções" e "Inimigo
Rumor", lançadas esta noite,
junto com "Beijo na Boca".
Para citar uns poucos, a
primeira, de prosa, tem, em
seu quinto número, inéditos
de Valêncio Xavier e Sérgio
Sant'Anna, textos dos italianos Natalia Ginzburg e Italo
Calvino; "Inimigo Rumor"
nº 8 traz, além do especial
sobre Cacaso (com inéditos,
republicações e ensaios),
poetas tão diversos como
John Keats, Haroldo de
Campos e García Lorca.
O lançamento de hoje
marca também o começo da
editora 7 Letras. A ex-Sette
Letras foi "redesenhada" no
começo do ano, ganhando
novos nome e logotipo e
uma maior preocupação
com o aspecto gráfico.
"Ao privilegiar apenas o
conteúdo, ficamos restritos,
o próprio livreiro não compra", diz Viveiros de Castro,
que, no entanto, defende o
diletantismo como marca da
editora. "O espírito amador
permite lançar coisas de que
gostamos." Mesmo se em
pequenas tiragens. "É quase
patético", diz dos números
-800 exemplares para cada
revista e mil para "Beijo".
Para expandir sua "bandeira poética", a casa está on
line (www.7letras.com.br)
desde 8 de junho. Ainda em
definição, o site deverá trazer edições eletrônicas das
revistas, mas também novidades literárias, seletas e inéditos que tenham ficado de
fora das publicações.
E, como "poesia é um negócio difícil de funcionar comercialmente", Viveiros de
Castro comemorava, na semana passada, as três primeiras vendas de sua editora
na Internet: um exemplar de
cada uma das revistas e um
livro de poemas de Emily
Dickinson.
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