São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 2006

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Crítica

"FormiguinhaZ" faz pensar sobre absolutismo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Tivesse sido feito 20 anos antes, "FormiguinhaZ" (Telecine Emotion, 12h30) poderia passar por uma peça anticomunista clássica, pois o que nos mostra esta animação da DreamWorks, de 1998, é uma formiga contestadora num formigueiro característico.
Ou seja: lá existe o trabalho incessante em favor da comunidade. A vida pela comunidade. "E eu?", pergunta essa formiguinha. De fato, a sociedade das formigas não parou para pensar no indivíduo e, muito menos, tem lugar para necessidades subjetivas.
Como o comunismo desapareceu como aspiração de primeira linha e como projeto político de um grupo de países, parece evidente que a reivindicação dos autores não se endereça a eles.
Talvez a intenção seja nos fazer pensar sobre o que pode existir de absolutista em nosso mundo liberal. Ou alguém esqueceu de como, há algumas semanas, por exemplo, tal um formigueiro, nos recolhíamos todos para assistir aos jogos do Brasil?


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