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TELEVISÃO
crítica
Johnnie To aborda trama violenta sem oportunismo
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Não é um método infalível,
mas falha raramente: a visão de
um minuto ou dois de um longa
revela a originalidade e a força
do filme e do diretor. Assim me
aconteceu com "Eleição 2 - A
Tríade" (TC Cult, 23h55; 18
anos), de Johnny To.
A intriga é pouco original:
disputas no interior de gangue
mafiosa, com mortes e mortandade. Mas a maneira como os
personagens se dispõem, a
fluência das imagens, a distribuição dos volumes no cinemascope anunciam algo forte.
Logo outros aspectos se revelam, como certa distância do
tradicional na construção dos
personagens e da própria intriga. Existe violência, claro, essa
é a lei do gênero, mas não exaltação inútil ou oportunista da
violência. A vivacidade da China/Hong Kong está toda lá.
Descobre-se também que o
sentido da palavra eleição, entre os gângsters, não é aquele a
que estamos acostumados.
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