São Paulo, segunda-feira, 20 de julho de 2009

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Companhia paraibana celebra 30 anos em SP

Sala Funarte e largo do Paissandu receberão três encenações do coletivo, que mescla teatro e circo

DA REPORTAGEM LOCAL

O grupo paraibano Piollin ganhou projeção nacional a partir de 1992, com a consagração de "Vau da Sarapalha", adaptação de um conto de Guimarães Rosa que usava gestos sutis dos atores e um repertório de interjeições e onomatopeias para criar uma impressionante pulsação rítmica.
O sucesso, porém, "travou" a companhia por muitos anos -14, para ser mais preciso.
"A aceitação era tão grande, o espetáculo nos abriu tantas portas que ficamos imobilizados, com medo de não conseguir repetir aquilo", diz o ator e diretor Luiz Carlos Vasconcelos, 55, cofundador do coletivo surgido na cena da Paraíba com intervenções urbanas que desafiavam o cânone teatral vigente -como um outdoor em que um ator "envelhecia" ao longo de um dia.
A mostra de repertório "Piollin 30" (na verdade, já são 32 anos de atividade com este nome), que começa na quarta-feira, em São Paulo, atesta a superação do bloqueio criativo. Além de "Vau", serão apresentadas até 2/8 as peças "A Gaivota (Alguns Rascunhos)" e "Silêncio Total".
Em chave naturalista, a primeira sobrepõe inquietações de elenco e direção sobre arte e vida à peça homônima de Tchécov. A segunda é um solo clownesco de Vasconcelos, aqui como Xuxu.
As encenações acontecem na Funarte e no teatro de Arena (R$ 10; "Silêncio" é grátis e também será mostrado no largo do Paissandu). Consulte a programação em www.funarte.gov.br.
O Piollin, que mantém na capital paraibana uma escola voltada às artes do teatro e do circo (da qual saiu a atriz Marcélia Cartaxo, premiada no Festival de Berlim), trabalha atualmente na adaptação do conto "A Escolha", do cearense Ronaldo de Brito. O projeto faz parte de um programa de intercâmbio com a cia. Clara, de Minas. (LUCAS NEVES)


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