São Paulo, Sexta-feira, 20 de Agosto de 1999
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FILMES DE HOJE NA TV - INÁCIO ARAUJO

CUCAMONGA - UM ACAMPAMENTO MUITO LOUCO
SBT, 14h. (How I Spent My Summer). EUA, 1990, 92 min. Direção: Roger Duchowny. Com John Ratzenberger, Chad Allen. Adolescentes que vão passar as férias em acampamento de férias sem alvará ajudam o dono do local a contornar o problema. Comédia chongamonga, que não provoca nada além de risos amarelos. Avaliação:  

DICK TRACY
Globo, 15h35. (Dick Tracy). EUA, 1990, 104 min. Direção: Warren Beatty. Com Warren Beatty, Madonna, Al Pacino, Dustin Hoffman. Beatty reuniu um superelenco para reencontrar o detetive Dick Tracy (ele próprio), às voltas, sobretudo, com o grande chefão Big Boy Caprice (Pacino). Muita estilização e absolutamente nada de prático. Nem Madonna salva a lavoura. Avaliação:  

A LISTA DE SCHINDLER
SBT, 22h. (Schindler's List). EUA, 1993, 185 min. Direção: Steven Spielberg. Com Liam Neeson, Ben Kingsley, Ralph Fiennes. A aventura do industrial nazista Schindler, que usou o trabalho escravo de judeus durante a Segunda Guerra sem maiores escrúpulos. Quando bateu a dor de consciência, Schindler também não teve meias medidas: usou sua influência para salvar as vidas que pôde. O filme levou uma penca de Oscars. Solene, bem feito, digno. Mas a palavra final sobre essa superprodução é mesmo a do cineasta Stanley Kubrick: "Isso não é um filme sobre o Holocausto, mas sobre o sucesso. O Holocausto são milhões de pessoas que morrem. Aqui, são algumas centenas que se salvam". Avaliação:    

O ÚLTIMO ATO
Bandeirantes, 22h15. (Where the Day Takes You). EUA, 1991, 103 min. Direção: Marc Rocco. Com Dermot Mulroney, Lara Flynn-Boyle. O baixo mundo de Hollywood Boulevard é o assunto deste drama em que um líder de gangue, apaixona-se e tenta mudar de vida. Mas concretizar seus planos não será nada fácil. Avaliação:  

O PAGADOR DE PROMESSAS
Cultura, 22h30. Brasil, 1962, 95 min. Direção: Anselmo Duarte. Com Leonardo Villar, Glória Menezes, Dionísio Azevedo, Geraldo Del Rey. Zé do Burro (Villar) é o camponês que tenta pagar promessa e entra em conflito com padre (Azevedo) que acha esse tipo de promessa um absurdo. Extraído da peça de Dias Gomes, o filme reencontra o ideário populista do dramaturgo, que, embora não seja de enorme alcance, tem a virtude de uma pegada ampla e de uma inequívoca generosidade, como ficou demonstrado em sua vasta e bem-sucedida obra televisiva. Anselmo Duarte dirige um filme à maneira clássica e não sem classe. Ganhador da Palma de Ouro em Cannes, 1962, muito combatido pelo pessoal do cinema novo, "O Pagador" pode até não ser o máximo, mas é um marco, um momento importantíssimo para o cinema brasileiro. Avaliação:     

INTERCINE
Globo, 0h25. As opções que a emissora oferece para a sessão interativa da noite são "Bomba Terrorista" (1993, de Alan J. Levi, com James Avery, George Clooney) e "A Firma" (1993, de Sidney Pollack, com Tom Cruise, Gene Hackman).

ADEUS, MINHA CONCUBINA
Bandeirantes, 2h45. (A Farewell to My Concubine). China/Hong Kong, 1993, 160 min. Direção: Chen Kaige. Com Leslie Cheung, Zhang Fengyi, Gong Li. A história da China, desde os anos 20 até o período da Revolução Cultural (anos 60), vista a partir de uma dupla de atores da Ópera de Pequim de grande sucesso. Um olhar quase perplexo de Kaige para essa história, da qual ele participou um dia como guarda vermelho e onde hoje se insere como cineasta. Avaliação:    

SAUDADES DE UM PRACINHA
Globo, 3h10. (G.I. Blues). EUA, 1960, 104 min. Direção: Norman Taurog. Com Elvis Presley, Juliet Prowse. Elvis vai à guerra, ou pelo menos ao serviço militar, mas continua o mesmo. Luta para conquistar cantora de cabaré de Berlim, onde sentou praça. Avaliação:   

TV PAGA
Evoluções e involuções nos canais

da Redação

No Telecine 5, prossegue de vento em popa a série de filmes raros de Joseph L. Mankiewicz, hoje com "O Ódio É Cego" (22h).
O Telecine tem virado o baú e, ao lado do Cinemax, se esforça para ampliar e diversificar a programação, de maneira que aos poucos a TV paga começa a assumir o papel de formador de fãs de cinema que, teoricamente, seria das cinematecas.
O Telecine começa também a promover, lentamente, uma mudança de hábito capital: exibir filmes (ver "Marnie") em seu formato original, tal como foram feitos.
Tudo muito bonito. Mas de que adianta esse rigor, por um lado, se por outro o assinante tem que conviver com um logotipo invasivo, que ocupa quase metade da tela?


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