|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DANÇA
Espetáculo baiano "Ponto Vitral" estréia hoje no teatro Alfa
Grupo Castro Alves estréia balé sobre vidros e ambivalências
ANA FRANCISCA PONZIO
especial para a Folha
O espetáculo "Ponto Vitral",
que o Balé Teatro Castro Alves
estréia hoje em São Paulo, no
teatro Alfa, é definida como
uma obra compartilhada por
Antonio Carlos Cardoso, fundador e diretor artístico da companhia baiana.
"De início, eu e o coreógrafo
Luis Arrieta pensávamos em fazer um balé que, se pudesse ser
identificado musicalmente, fosse uma mistura de berimbau e
violoncelo. Daí concordamos
que o maestro Gil Jardim seria
ideal para criar a música. A harmonia entre nós foi imediata e
logo se completou com Lino Villaventura, que fez os figurinos,
e Franco Marri, que concebeu a
iluminação", diz Cardoso.
O fio condutor acabou sendo
a pesquisa musical que Gil Jardim já vinha realizando. Seu tema era o soprador de vidros,
aquele profissional de aparência
rústica que no entanto tem de
dominar o fôlego para gerar delicadas formas vítreas.
Disposto a pesquisar as sonoridades e metáforas do vidro,
Jardim e Arrieta tornaram-se
frequentadores de vidraçarias.
"Me emocionei com o que vi
nas fábricas de vidros", conta o
coreógrafo. "De bolas incandescentes pesando até 50 quilos
surgiam de repente formas belíssimas. Tal ambiente me despertou inúmeras sugestões, que
me levaram à pesquisa em livros
e gravuras."
Estimulado, tal imaginário gerou um balé sobre ambivalências. "O vidro é transparente,
mas separa. É suave e frágil, mas
pode ser arma mortal."
Espetáculo: Ponto Vitral
Grupo: Balé Teatro Castro Alves
Quando: hoje e amanhã, às 21h, e
domingo, às 17h
Onde: Teatro Alfa (r. Bento Branco de
Andrade Filho, 722, tel. 0/xx/11/3361-2688)
Quanto: R$ 25 a R$ 40
Patrocinador: Delta Bank
Texto Anterior: Internet: London Burning transmite novidades do pop pela rede Próximo Texto: Telas de Bruegel foram inspiração Índice
|