da Reportagem Local


Há mais novidade sobre Baden Powell. A gravadora BMG acaba de lançar o CD duplo "Vivendo Vinicius - Ao Vivo", em que ele encontra Carlos Lyra, Miúcha e Toquinho para homenagear Vinicius de Moraes, um de seus mais constantes parceiros, inclusive nos míticos afro-sambas.
"Vivendo Vinicius - Ao Vivo" é daqueles produtos rápidos e baratos, registrando show comemorativo que aconteceu em outubro do ano passado, no Rio de Janeiro.
Encontro de amigos e parceiros de Vinicius, recorta extratos definidos da obra do poeta e compositor -trilhas feitas para cinema e teatro com Carlos Lyra nos 60, sambas do início dos 70 e canções infanto-juvenis com Toquinho, clássicos da bossa aqui cantados por Miúcha, e os afro-sambas criados com Baden.
Não é, então, um disco de intérpretes. Ficam engraçadas -e legítimas também- as interpretações à João Gilberto do não-cantor Baden Powell (em sambas e afro-sambas cujas letras não firam sua recente evangelização -não há saravás no novo "Samba da Bênção", só pedidos de bênção mesmo).
Em se tratando de virtuosismo, o melhor vai mesmo para o violão de Baden, em "Berimbau", "Consolação" e "Samba em Prelúdio".
Preservação de memória é sempre admirável, ainda que sempre se opte por lembrar os nacos mais evidentes do passado ("Garota de Ipanema", "O Pato", "Aquarela" e "Tarde em Itapoã") e, sempre, da forma mais rápida e simples (ao vivo, aplausos, corinhos)... Devagar a coisa vai. (PAS)

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