São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2011

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CRÍTICA

Lon Chaney nos lembra que todo amante se crê um monstro

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Ser homem pode ser indizivelmente triste. Bem mais quando se é desfigurado. E quando se tem uma paixão. Eis o problema de Lon Chaney, cuja única compensação é conhecer os subterrâneos da Ópera de Paris.
O TC Cult exibe às 18h45 a versão de 1925, a mais célebre, de "O Fantasma da Ópera" (classificação não informada). Ele forçará o teatro a optar por sua amada para interpretar a Marguerite do "Fausto". Compensações como esta, porém, não suprem a maldição que pesa sobre o homem: o mais intenso amor não o torna menos monstruoso. Talvez graças a Chaney e à notável maquiagem experimentemos tão intensamente a dor desse homem. E a partilhamos. Pois todo amante se crê, de certa forma, um monstro.


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