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TEATRO
Site contém informações detalhadas e inéditas sobre produção literária e textos publicados na imprensa pelo escritor
Internet escancara a vida e a obra de Plínio Marcos
LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL
"Um povo que não ama e não
preserva suas formas de expressão mais autênticas jamais será
um povo livre."
Fazendo jus a esse dito do dramaturgo, escritor e ator Plínio
Marcos, e usando-o como epígrafe, os filhos do artista colocaram
no ar na última quarta-feira
(quando se completaram quatro
anos de sua morte) o site
www.pliniomarcos.com, contendo um volume inédito de informações sobre sua vida e obra.
O acervo que agora é disponibilizado foi reunido durante anos
pela atriz Walderez de Barros (casada com Plínio entre 1963 e
1984), que tomou a iniciativa de
torná-lo público com os filhos
Ana, Léo e Ricardo, detentores
dos direitos sobre a obra do pai. A
organização e a catalogação do
material para o site foram feitas
pela própria Walderez, em colaboração com a também atriz
Marta Tramonte.
Na internet, estão agora reunidas informações detalhadas sobre
todas as obras do autor de "Barrela", "Dois Perdidos numa Noite
Suja", "Abajur Lilás" e "Navalha
na Carne", clássicos da dramaturgia nacional e representantes de
uma vertente genuinamente popular do teatro brasileiro.
Além das datas em que as peças
foram escritas e montadas, há, para cada uma delas, um mosaico de
fotos, nomes de atores e diretores
envolvidos e trechos de críticas
publicadas à época. No total, são
27 peças de teatro adulto e quatro
para o público infantil.
Da mesma forma que a dramaturgia, a literatura e o jornalismo
de Plínio são contemplados com
informações relativas a todos os
seus textos publicados em livro e
em veículos da imprensa, entre
eles a Folha. Contos que escreveu
para o jornal "Última Hora", em
1968, aparecem na íntegra.
No item "dados biográficos", o
site na verdade apresenta uma
vasta biografia do autor, com todos os eventos de sua vida pessoal
e profissional, desde os primeiros
trabalhos em um circo de Santos
(onde nasceu em 1935) até a morte em 19 de novembro de 1999.
A documentação iconográfica é
também bastante ampla: são centenas de fotos dele, na vida privada ou caracterizado para o teatro,
cinema e televisão, e de montagens de suas peças. Há ainda reproduções de textos originais e
até mesmo de manuscritos.
A idéia de tornar disponível esse
material, segundo Walderez de
Barros, atende a uma permanente
demanda de estudantes, pesquisadores e profissionais de teatro
pela obra de Plínio e também para
que haja um ponto de referência
com informações precisas sobre o
escritor.
Agora digitalizado, o acervo deverá ser doado para o Arquivo do
Estado de São Paulo.
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