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CRÍTICA DRAMA
Soderbergh representa Che com o espírito da juventude
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Não há grande diferença
entre um "Onze Homens e
um Segredo", por exemplo, e
a primeira parte de "Che"
(TC Cult, 22h, 12 anos), ambos filmes do diretor Steven
Soderbergh.
A diferença é que o primeiro é uma "diversão", o segundo é "arte". O primeiro é
"ficção", o segundo é "vida
real". Mas até que ponto essas categorias interessam na
vida cinematográfica (real)?
Che Guevara é um personagem, no caso. E, nesta primeira parte, um personagem
venturoso. Ele é o justiceiro
internacional (era argentino,
mas foi a Cuba por idealismo)
que enfrenta um ditador. O
médico que está ao lado dos
miseráveis. O militante que
logo se impõe como verdadeiro líder militar.
Que mais falta a esse Che
que representa o próprio espírito de juventude? Ah, sim,
era bonitão. Enfim, alguém
talhado para herói num filme
de aventuras. É o que se verá.
Na segunda parte do filme,
melancólica, Soderbergh
não se dá tão bem.
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